Segundo Luli Radfahrer, são robôs que servem de companhia, num país que envelhece muito rapidamente, e que fazem as vezes de um animal de estimação, imitando seu comportamento
Jornal da USP
No Japão, que não se cansa de nos surpreender com inovações tecnológicas, a moda agora é um gato robô que segue o dono pela casa, aceita carinhos e – pasmem – solta puns. O artefato figura na categorização de robôs de companhia, bem apropriados a um país que tem suas peculiaridades e que está envelhecendo muito rapidamente. “São robôs que servem para dar conforto psicológico para a pessoa, do mesmo jeito que o animal de estimação. Se você ainda acrescentar o fato que a religião xintoísta é uma religião animista, que dá uma personalidade, uma alma, uma vida às coisas […] é muito fácil imaginar esse conjunto de fatores em um robô que aceita carinhos, segue você pela casa e simula vários comportamentos de um gato de verdade”, diz Luli Radfahrer.
O colunista não se arrisca a afirmar se o gato robô antecipa ou não uma tendência para o futuro, mas garante que “no futuro todos nós vamos precisar de robôs”. Se não forem em tempo integral, pelo menos em parte do cotidiano. Radfaher observa ainda que todos estamos vivendo muito mais e que é óbvio que, além da companhia de outros seres humanos, “máquinas do dia a dia que fazem companhia acabam sendo úteis”. Afinal de contas, está aí a Alexa para demonstrar a validade do argumento.
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Imagem de abertura: reproduzida do site ‘coisas do Japão’.
Obs: O gato robô mostrado da imagem é meramente ilustrativo.