Especialista explica como funciona a atividade que ativa os neurônios, fortalece as conexões e preserva a massa cinzenta, mantendo funções cognitivas como o raciocínio, a atenção e a memória
Redação Plena
Manter uma boa alimentação e praticar exercícios físicos com frequência são fatores imprescindíveis para garantir uma boa qualidade de vida, principalmente na terceira idade. Ainda assim, existe outro cuidado importante que, muitas vezes, é ignorado. Você já parou para pensar na sua saúde mental?
Na terceira idade é muito importante estimular o cérebro para que ele se mantenha ativo e saudável. Para isso, existe uma prática específica: a ginástica cerebral. Não entendeu? A gente explica: trata-se de atividade nova, variada e desafiadora que ativa os neurônios, fortalece as conexões e preserva a massa cinzenta, mantendo funções cognitivas como o raciocínio, a atenção e a memória.
De acordo com o professor de ginástica cerebral Geomacel de Carvalho, do SUPERA – escola de ginástica cerebral, podemos comparar os exercícios para o cérebro às atividades físicas. Quanto mais você exercita o corpo, mais saudável e mais forte ele fica. O cérebro, quanto mais estímulos recebe, mais ativo e ágil ele se torna.
“Se o cérebro não é estimulado, ele vai perdendo conexões sinápticas e, consequentemente, ficando mais lento”, continua o especialista.
Essa perda tem um reflexo muito negativo na vida de pessoas de todas as idades, principalmente dos idosos, que já sofrem com as falhas de memória naturais com o passar dos anos.
Outra preocupação são as doenças neurocognitivas, como o Alzheimer, por exemplo. Até existem remédios para amenizar os sintomas, mas a ginástica cerebral atua de forma preventiva, justamente para evitar que na terceira idade as pessoas precisem usar remédios.
As organizações mundiais de saúde recomendam que toda pessoa se exercite 5 vezes por semana, durante meia hora por dia. A ginastica cerebral você de fazer uma vez na semana, durante duas horas, no mínimo. Ginástica cerebral é sinônimo de longevidade, autonomia por mais tempo e qualidade de vida.
Além disso, a ginástica cerebral é uma terapia antiestresse, que gasta energia e evita perda de autoestima, muitas vezes causada pela aposentadoria.
Para manter o cérebro jovem, a grande dica é evitar rotinas. O ideal é esforçar-se e encarar novos desafios diariamente. Mesmo depois de tantos anos de vida, por que não aprender a tocar um instrumento diferente? Ou estudar, ir ao cinema, fazer amigos, participar de discussões e escrever? Nunca é tarde demais! Tire seu cérebro da zona de conforto e conquiste uma vida plena.