Especialista explica que é a partir dos 50 anos que realmente a forma como vivemos implica na qualidade que o nosso corpo e mente chegarão à terceira idade
por Mariana Parizotto
Os idosos vão viver mais e melhor a cada geração, não há dúvidas. Segundo Marcelo Levites, médico da família e coordenador do Centro de Longevidade do Hospital 9 de Julho, a grande responsável por isso, além da evolução da medicina, é a disseminação das informações sobre a implicação dos exercícios físicos aeróbicos e anaeróbicos e de uma alimentação na projeção da longevidade. “Hoje já sabemos que comer bem e fazer exercícios são ações fundamentais para se chegar bem à maturidade. E chegar bem à maturidade significa uma terceira idade ativa, que trabalha, viaja, compartilha, ensina e aprende”, relata o médico.
O especialista explica que a partir dos 14 anos (isso mesmo! 14 anos!) algumas células do corpo começam a morrer. Mas não há motivos para se desesperar. “Até o último dia da nossa vida temos múltiplas datas para começarmos a querer viver mais e melhor”, garante o Dr. Levites. Porém vale ressaltar que estudos indicam que é a partir dos 50 anos que realmente a forma como vivemos implica diretamente na qualidade que o nosso corpo e mente chegarão à terceira idade.
A preocupação com a promoção da saúde deve ainda impactar consideravelmente o sistema de saúde. “O que mais mata idosos no Brasil hoje são as doenças cardiovasculares, que estão diretamente relacionadas à alimentação e prática de exercícios. Uma população com hábitos saudáveis lota menos os hospitais e mais os parques”, finaliza o médico.