Especialista explica como canções podem ajudar quem sofre e quem cuida da doença
Um vídeo comovente protagonizado por uma senhora com Alzheimer rodou a internet nos últimos dias.
Na década de 60, Marta Gonzalez era bailarina em Nova York e hoje, mesmo sofrendo com a doença neurodegenerativa, conseguiu se lembrar dos movimentos do balé “Lago dos Cisnes”, composição de Tchaikovsky. Ao escutar a melodia, a senhora pareceu entrar em uma máquina do tempo e se lembrou dos momentos vividos quando dançava balé.
A repercussão do vídeo levantou o debate sobre o uso da música na vida dos pacientes que sofrem com a doença progressiva para ajudar a melhorar seus dias e aliviar os sintomas da perda de memória.
De acordo com Marcella dos Santos, enfermeira chefe do Grupo DG Sênior, especializada em gerontologia, as canções podem ser uma ótima estratégia terapêutica na hora de cuidar de um familiar que sofre de Alzheimer.
“Músicas que trazem lembranças de momentos específicos ajudam a amenizar os sintomas relacionados à doença, como por exemplo a agitação, além de possibilitar uma qualidade de vida melhor ao cuidador”, explica.
Uma pesquisa realizada pela ala de gerontologia da USP alerta sobre os dados com a tendência de desenvolvimento das doenças neurodegenerativas no Brasil ocasionadas pelo envelhecimento da população. “Adotar abordagens terapêuticas para lidar com a doença é essencial, uma vez que apenas os medicamentos sozinhos não dão conta dos sintomas”, conclui Marcella.
fonte: assessoria de imprensa/imagem de abertura jornal extra