Por que a doença de Alzheimer pode causar agressividade e irritação?

Alguns fatores podem estimular essa irritação; veja como lidar através da orientação da médica Thaísa Rosa.

Publicado originalmente no ‘Cuidados pela Vida”

A maioria das pessoas conhece a doença de Alzheimer pela perda progressiva da memória, que é o principal sintoma do quadro. Porém, este não é o único dano causado no cérebro. O paciente também apresenta outras manifestações, como a  agressividade e a irritação.

Todos esses sintomas surgem em função das alterações cerebrais que decorrem da doença de Alzheimer.

“A demência de Alzheimer é uma condição em que há uma deficiência de neurotransmissores no cérebro e isso compromete a memória, o humor e o comportamento. Por vezes, a alteração de comportamento pode ser causada pelas alterações bioquímicas cerebrais, ou ainda por mudanças no ambiente e na rotina do paciente, por alterações clínicas (desidratação, infecção, etc.) ou por medicamentos inapropriados”, explica a geriatra Thaísa Segura.

Como o cuidador deve lidar com a agressividade e irritação do paciente?

 Tanto a irritação quanto a agressividade são comportamentos que atrapalham o bem estar e o tratamento do paciente e podem piorar caso o cuidador não tenha a sensibilidade e o trato corretos para controlar a situação. Sendo assim, é essencial que estes responsáveis não se deixem abalar caso o paciente seja agressivo com eles. O ideal é manter a calma e tentar passar isso para o idoso.

“O cuidador deve estar ciente de que essas condições não são propositais, ou seja, não ocorrem por teimosia do paciente. É fundamental que nessas situações o cuidador tranquilize e transmita segurança ao paciente, evitando discussões, procurando identificar o motivo que ocasionou a alteração
comportamental”, recomenda a médica.

Tratamento medicamentoso do Alzheimer

Para que todos os sintomas do Alzheimer sejam controlados, é necessário que o idoso siga um tratamento adequado, a fim de  reduzir a velocidade da progressão da doença e permitir uma melhor qualidade de vida. Normalmente é indicado o uso de medicamentos para que a melhora seja efetiva.

“Os medicamentos que auxiliam neste quadro são os anticolinesterásicos, antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor”, conclui Dra. Thaísa

foto: foter/vince alongi

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