Você já se perguntou qual é o passo que transforma o “mesmo” em “novo”?
Regina Marques*
Apresento o filme Ainda Temos o Amanhã, dirigido por Paola Cortellesi e protagonizado por ela mesma. A ação se passa em Roma, logo após a Segunda Guerra Mundial, e mergulha no cotidiano de Delia — esposa, mãe de três filhos, tendo que administrar a dor física e emocional de uma vida marcada por violência e silêncio, até decidir que o destino da filha não será o mesmo que o seu.
A história nos leva por caminhos de opressão, descoberta e coragem: o marido agressivo, o trabalho que se estende além das tarefas domésticas, a filha num noivado que remete à condição da mãe — e uma aliança inesperada com um soldado americano que vira símbolo de mudança. Então Delia dá um passo crucial: ela vai votar, romper o ciclo. Essa evolução me tocou profundamente — ver alguém tão contida descobrir sua voz e sua força me fez refletir sobre quantos “amanhãs” guardamos dentro de nós.
Por que assistir a Ainda Temos o Amanhã? Porque é um filme que nos lembra que repetição não é certeza, e que a mudança pode surgir dos menores derrubar de rotina. A diretora consegue tornar visível o invisível — a rotina como prisão, o silêncio como grito — e nos faz pensar que a verdadeira liberdade começa quando permitimos que o caminho se revele, sem controlar cada passo.
O filme equilibra várias camadas — estética de época, Roma da reconstrução, elenco com profundidade — e capta o momento histórico de uma mulher que desafia o mundo que a cerca para dar algo diferente à próxima geração. O impacto desse filme está na forma como o pessoal se cruza com o social, no quanto Delia se reconhece e ao mesmo tempo se desnuda como símbolo de tantas vidas escondidas. Quando esse equilíbrio é alcançado, o cinema vira abraço, espelho e ponte.
Depois de assistir, comente aqui: qual cena fez você respirar mais fundo? Qual momento da Delia ficou com você? Marque um amigo que topa essa sessão e transforme essa experiência em conversa — seu comentário poderá aparecer no meu story e no destaque “Seguidores”.
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Jornalista com experiência sobretudo em redação de textos variados - de meio ambiente à saúde; de temas sociais à política e urbanismo. Experiência no mercado editorial: pesquisa e redação de livros com focos diversos; acompanhamento do processo editorial (preparação de textos, revisão etc.); Assistência editorial free lancer. Revisora Free Lancer das editoras Planeta; Universo dos Livros e Alta Books. Semifinalista do Prêmio Oceanos 2020.
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Apresento o filme Ainda Temos o Amanhã, dirigido por Paola Cortellesi e protagonizado por ela mesma. A ação se passa em Roma, logo após a Segunda Guerra Mundial, e mergulha no cotidiano de Delia — esposa, mãe de três filhos, tendo que administrar a dor física e emocional de uma vida marcada por violência e silêncio, até decidir que o destino da filha não será o mesmo que o seu.
A história nos leva por caminhos de opressão, descoberta e coragem: o marido agressivo, o trabalho que se estende além das tarefas domésticas, a filha num noivado que remete à condição da mãe — e uma aliança inesperada com um soldado americano que vira símbolo de mudança. Então Delia dá um passo crucial: ela vai votar, romper o ciclo. Essa evolução me tocou profundamente — ver alguém tão contida descobrir sua voz e sua força me fez refletir sobre quantos “amanhãs” guardamos dentro de nós.
Por que assistir a Ainda Temos o Amanhã? Porque é um filme que nos lembra que repetição não é certeza, e que a mudança pode surgir dos menores derrubar de rotina. A diretora consegue tornar visível o invisível — a rotina como prisão, o silêncio como grito — e nos faz pensar que a verdadeira liberdade começa quando permitimos que o caminho se revele, sem controlar cada passo.
O filme equilibra várias camadas — estética de época, Roma da reconstrução, elenco com profundidade — e capta o momento histórico de uma mulher que desafia o mundo que a cerca para dar algo diferente à próxima geração. O impacto desse filme está na forma como o pessoal se cruza com o social, no quanto Delia se reconhece e ao mesmo tempo se desnuda como símbolo de tantas vidas escondidas. Quando esse equilíbrio é alcançado, o cinema vira abraço, espelho e ponte.
Depois de assistir, comente aqui: qual cena fez você respirar mais fundo? Qual momento da Delia ficou com você? Marque um amigo que topa essa sessão e transforme essa experiência em conversa — seu comentário poderá aparecer no meu story e no destaque “Seguidores”.
