Por que o brasileiro lê tão pouco? E o que isso causa em nossas vidas?

 

O impacto da falta de leitura no Brasil vai muito além da escola

Você sabia que a maioria dos brasileiros não tem o hábito de ler? Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, feita pelo Instituto Pró-Livro, mais da metade da população não lê livros com frequência. E isso afeta não só o nosso desempenho na escola, mas também nosso jeito de pensar, trabalhar, votar e até sonhar.

Os números da leitura no Brasil

 Em média, o brasileiro lê apenas 2,4 livros por ano — e isso contando tanto os livros inteiros quanto os que a pessoa começou e não terminou.

Em países como Alemanha ou França, esse número passa dos 7 livros por pessoa, por ano.

E mais preocupante: 44% dos brasileiros afirmam que não gostam ou não têm paciência para ler. 30% dos brasileiros nunca compraram um livro

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 Como isso afeta a nossa vida?

1. Menos leitura = mais dificuldade de compreensão

Pessoas que leem pouco têm mais dificuldade para interpretar textos, entender notícias e até redigir um e-mail no trabalho.

2. Pensamento crítico em risco

Quem lê mais desenvolve a capacidade de refletir, comparar ideias, analisar diferentes pontos de vista. Sem leitura, ficamos mais vulneráveis à manipulação e à desinformação.

3. Menos oportunidades profissionais

A leitura amplia o vocabulário, melhora a escrita e fortalece a criatividade — habilidades essenciais em praticamente qualquer profissão.

34% DOS BRASILEIROS ACIMA DE 15 ANOS SÃO ANALFABETOS FUNCIONAIS, ou seja, não conseguem ler e interpretar textos simples ou realizar operações matemáticas básicas no cotidiano. Isso significa que, embora possam ser capazes de decodificar letras e palavras, eles têm dificuldade em compreender o significado de textos mais longos ou aplicá-los em situações práticas. 

Com o avanço da tecnologia, só há bons empregos para quem é qualificado e para qualificar-se, ler e entender o que está lendo são imprescindíveis.

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 O começo de tudo: infância sem leitura

O problema começa cedo. Em muitas casas, não há livros, nem o hábito de ler para as crianças. A escola, muitas vezes, também falha em incentivar a leitura de forma atrativa.

Ler por obrigação não funciona. O prazer pela leitura se constrói com afeto, curiosidade e exemplos.

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 A concorrência com as telas

Redes sociais, vídeos curtos, memes e jogos competem diretamente com os livros. E levam vantagem porque oferecem estímulo rápido e constante. Resultado: menos tempo e paciência para mergulhar em histórias mais longas.

Mas vale lembrar: a tecnologia pode ser aliada, com e-books, clubes de leitura online e até podcasts sobre literatura.

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 Como virar esse jogo?

Algumas iniciativas estão mostrando que é possível mudar:

• Bibliotecas comunitárias em bairros periféricos;
• Clubes de leitura;
• Leitura compartilhada entre família e comunidade.

E, claro, valorizando autores brasileiros, literatura afro-brasileira, indígena, feminina, jovem… ou seja, histórias que nos representem.

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E você, que história quer ler hoje?

Criar o hábito de leitura é como plantar uma árvore: exige cuidado, repetição e tempo. Mas os frutos que ela dá são transformadores — para o indivíduo e para toda a sociedade.

Ler é um ato revolucionário. Em tempos de desinformação, quem lê tem poder.

 

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