Pesquisa aponta que a maior dificuldade não está na tecnologia, mas na falta de preparo do empreendedor
Da redação em conjunto com Thiago Rodrigo Rothstein
O sonho e, na maioria dos casos, a necessidade de empreender online continua mobilizando milhares de brasileiros em busca de uma alternativa financeira.
Entretanto a realidade do comércio eletrônico exige mais do que boas intenções. Uma pesquisa da Loja Integrada, uma das maiores plataformas de e-commerce do país, revela que a maior dificuldade não está na tecnologia, e ao despreparo de quem tenta vender pela internet.
O levantamento analisou o comportamento de 505 lojistas ativos da plataforma e reuniu mais de 1.150 respostas a partir de 45 perguntas aplicadas a empreendedores iniciantes. Os dados, cruzados com indicadores internos, cobrem o período de janeiro a abril de 2025. A análise mostra que 61% dos lojistas iniciam sem saber o que vão vender e 33% esperam retorno imediato, mesmo sem experiência prévia ou estrutura mínima de operação.
Apesar do crescimento expressivo no número de lojas abertas, o estudo revela que apenas uma parcela reduzida dos lojistas consegue realizar vendas já no primeiro mês. Em abril de 2025, por exemplo, das 7.800 lojas criadas, apenas 123 registraram ao menos uma venda. Esses dados, no entanto, não estão ligados à performance da plataforma, mas sim à dificuldade estrutural enfrentada por empreendedores que iniciam sem orientação, estratégia ou clareza sobre o modelo de negócio. Essa realidade não é exclusiva do Brasil: um estudo citado pela Huffington Post e Marketing Signals mostra que 90% dos e-commerces no mundo fecham em até 120 dias após o lançamento, principalmente por falta de preparo e posicionamento estratégico.
Para Lucas Bacic, CEO da Loja Integrada, as pessoas chegam até a plataforma motivadas por um sonho, o sonho do negócio próprio, mas esbarram em barreiras técnicas e emocionais logo nos primeiros passos. “Sem orientação, muitos lojistas se perdem nas primeiras decisões e desistem antes mesmo de ativar a loja corretamente ou realizar a primeira venda”, afirma.
- Análise mostra que 61% dos lojistas iniciam sem saber o que vão vender e 33% esperam retorno imediato
- Das 7.800 lojas criadas em abril de 2025, apenas 123 registraram ao menos uma venda
- Principais obstáculos enfrentados no e-commerce: divulgação dos produtos (40,2%), estruturação da loja (32,5%), precificação (16%) e configuração técnica (7,3%)
- Maioria dos lojistas recorre a conteúdos gratuitos e de fácil acesso, como redes sociais (49,7%), vídeos online (22,4%) e buscas no Google (18,6%), enquanto apenas 1,9% investem em cursos pagos
- 90% dos e-commerces no mundo fecham em até 120 dias após o lançamento
Por que as lojas não vendem?
Entre os principais obstáculos enfrentados por quem está começando no e-commerce estão a divulgação dos produtos (40,2%), a estruturação da loja (32,5%), a precificação (16%) e a configuração técnica (7,3%). Apesar do interesse por aprendizado, a maioria dos lojistas ainda recorre a conteúdos gratuitos e de fácil acesso, como redes sociais (49,7%), vídeos online (22,4%) e buscas no Google (18,6%), enquanto apenas 1,9% investem em cursos pagos. O dado revela uma lacuna entre o volume de informação disponível e a real capacidade de aplicar esse conhecimento na prática.
O retrato é de um público iniciante, emocionalmente motivado, mas que ainda entra no e-commerce sem clareza sobre o que vender, sem estrutura de operação e com expectativas pouco realistas sobre os resultados. Esse desalinhamento entre expectativa e preparo ajuda a explicar o alto índice de abandono logo nos primeiros meses.
“Nosso objetivo é oferecer um apoio mais inteligente desde o início da jornada, para que o empreendedor consiga se concentrar no que só ele pode fazer. Criar, vender e atender”, afirma Bacic.
Segundo a pesquisa 2,7 milhões de lojas foram criadas no Brasil, mas apenas 24 mil estão ativas. O dado reforça o tamanho do desafio de manter o negócio digital operando de forma consistente e sustentável ao longo do tempo.
Sobre a Loja Integrada
A Loja Integrada é uma plataforma de e-commerce inteligente e intuitiva que possibilita a empreendedores de todos os tamanhos a operarem com maior eficiência e economia em suas próprias lojas virtuais. Com mais de 2,7 milhões de lojas criadas no Brasil, a empresa investe em tecnologias avançadas de inteligência artificial e automação, tornando-se referência tanto para negócios que estão começando no comércio digital quanto para grandes marcas com demandas escaláveis.
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Jornalista com experiência sobretudo em redação de textos variados - de meio ambiente à saúde; de temas sociais à política e urbanismo. Experiência no mercado editorial: pesquisa e redação de livros com focos diversos; acompanhamento do processo editorial (preparação de textos, revisão etc.); Assistência editorial free lancer. Revisora Free Lancer das editoras Planeta; Universo dos Livros e Alta Books. Semifinalista do Prêmio Oceanos 2020.