O preconceito em relação às pessoas mais velhas, no mercado de trabalho, atinge 41% dos brasileiros, segundo o estudo Talent Trends 2025.
Essa realidade impede a valorização da experiência dos idosos, perpetua a exclusão e limita o potencial de empresas que não se adaptam a uma população cada vez mais longeva e ativa. No entanto, há um movimento crescente em direção à inclusão, com algumas empresas e o poder público buscando combater o problema por meio de conscientização e políticas de incentivo.
Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), em 2022, o país registrou um recorde de 4 milhões de pessoas idosas trabalhando na informalidade.
Segundo o IBGE, cerca de 2 milhões de brasileiros com mais de 50 anos estão desempregados e não conseguem recolocação. Quando um ou outro consegue, é com remuneração muito inferior ao padrão anterior, via de regra como pessoa jurídica e sem nenhum benefício.
O Cenário em 2025
Prevalência: A pesquisa Talent Trends 2025 da Michael Page revelou que 41% dos profissionais brasileiros sofreram etarismo, uma taxa acima das médias global (36%) e da América Latina (35%), segundo o site Extra Classe.
No Ambiente Atual: 6% dos brasileiros relataram ter sofrido etarismo no seu emprego atual, o que, embora menor que a média global, ainda demonstra a persistência do preconceito.
Percepção: 44% dos entrevistados acreditam que profissionais mais velhos são resistentes a mudanças, e 24% acham que não trazem ideias inovadoras, o que contribui para a exclusão.
Impactos da Discriminação:
Desvalorização Profissional: Idosos sentem-se menos valorizados e motivados, o que afeta sua produtividade e satisfação.
Prejuízos para as Empresas: A exclusão de profissionais mais velhos impede o aproveitamento da maturidade, do conhecimento e da sabedoria que eles oferecem, além de prejudicar a diversidade e a competitividade.
Barreiras à Ascensão: A discriminação etária pode impedir que profissionais mais velhos sejam promovidos, limitando seu desenvolvimento na carreira.
O Brasil tem hoje creca de 35 milhões de pessoas com mais de 60 anos. Em breve será a maior parcela da população.
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