A sexualidade feminina ainda é um tabu em muitos ambientes. No caso das mulheres maduras, por exemplo, muitos ainda acreditam que elas perdem o interesse em sexo ou, simplesmente, não precisam mais pensar no assunto.
Porém, isso é um grande mito. Na realidade, quanto mais experiente, melhores podem ser as sensações e experiências desse momento. Além disso, a confiança adquirida ao longo dos anos faz com que seja muito mais fácil sentir o clímax sexual e entender o que realmente gosta – seja com o parceiro ou sozinha.
Aline Bicalho**, consultora em sexualidade, diz que, culturalmente, ainda há um longo caminho a percorrer para realmente proporcionar a liberdade que as mulheres precisam e desejam no assunto.
“Muitas mulheres nessa fase já são mães e ainda existe aquela crença de que, após a maternidade, não pensamos mais em sexo. Enquanto isso, mesmo para aquelas que não são mães, também ainda existe o pensamento de que mulheres que falam em sexo e se permitem experimentar aquilo que desejam não são dignas de respeito ou admiração”, diz.
Porém, segundo Aline, a boa notícia é que essa realidade já está mudando cada vez mais.
“Com o empoderamento feminino, conseguimos mostrar que não existe nada de errado em falar sobre sexualidade e expressar seus desejos. E, para as mulheres após os 40, esse assunto pode se tornar ainda mais presente e interessante, já que nessa fase elas podem desenvolver mais a autonomia e confiança”, garante.
Dicas para explorar o prazer após os 40
Mesmo estando em uma época mais livre, muitas mulheres nessa fase ainda possuem dificuldade em explorar o próprio corpo devido aos costumes do momento em que nasceram e foram criadas, além dos tabus que ainda estão presentes na sociedade atual. Pensando nisso, Aline separou algumas dicas que podem ajudá-las a se sentirem mais livres e dispostas a experimentar novas sensações. Confira:
Autoconhecimento: “O primeiro passo é conhecer a si mesma e ser sincera com o que deseja. Tem algum fetiche? Ou simplesmente gosta de sexo da forma mais habitual? O mais importante é se sentir à vontade para fazer da forma que achar mais interessante e prazerosa. E além do autoconhecimento interno, o externo também é muito importante. Faça um reconhecimento anatômico. Pegue um espelho e olhe para sua vulva, veja a forma – que é única como a sua digital -, toque, sinta o cheiro, faça amizade com ela. E não hesite na auto estimulação, ou seja, a masturbação, que é a melhor forma de entender seu corpo e de saber como você gosta de ser estimulada. Conhecendo o caminho do seu prazer, você poderá levar seu parceiro até lá”.
Converse sobre o assunto: “Pode ser com as amigas, com o parceiro ou com quem se sentir mais à vontade e confiante. Fale dos seus desejos e troquem experiências. É comum ter um pouco de medo no início, mas logo após iniciar o assunto percebe-se que a maioria das pessoas gosta de falar sobre e isso é uma ótima forma de se sentir mais confiante. Além disso, o diálogo é super importante com o parceiro para que, juntos, vocês possam experimentar o que tem vontade, algo que ajuda a aquecer, fortalecer a relação e evitar a famosa rotina”.
Brinquedos eróticos podem se tornar os seus melhores amigos: “Quando falamos em novas experiências, os brinquedos eróticos são a melhor opção. Seja para usar sozinha ou com parceiro, eles são uma fonte inesgotável de prazer e sensações diferentes. Existem diversos modelos, funções e formas de utilizá-los para acrescentar no prazer”.
**Aline Bicalho, consultora em sexualidade. Líder A Sós. Empresária e criadora do Movimento ‘Amigas Da Bunita’. Casada e mãe de 3 filhos.
fonte: assessoria de imprensa/imagem divulgação