Zé não morra, por favor

Wanderley Parizotto

Moro em uma casa que tem um certo jardim. Como não tenho nenhuma habilidade manual, todo mês vem em casa um jardineiro chamado Zé.  Uma grande pessoa.

Conheço toda sua família. Sei das suas angústias. Tenho um enorme carinho por ele e ele por mim. Conversamos muito. O dia que ele vem é uma festa.

Gosto do jeito que ele vê o mundo. Muito generoso.

Ele tem 64 anos e precisa trabalhar.

Ele está se arriscando nesta pandemia.

Zé não morra.

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