Kobra é o convidado deste ano da União Geral dos Trabalhadores – UGT.
A Exposição na Paulista, que está na oitava edição, estará instalada, com os painéis de Kobra, 1º a 31 de maio, em um trecho de um quilômetro da ciclovia da Av. Paulista, entre a rua Augusta e a Alameda Campinas, em São Paulo.
O conhecido muralista brasileiro Eduardo Kobra faz de 1º de maio, o Dia do Trabalhador, a 31 de maio, a impactante exposição “Os 200 Anos da Independência e Nós, Trabalhadores”, na avenida Paulista.
Kobra foi convidado pela União Geral dos Trabalhadores – UGT, para ser o artista da 8ª edição da Exposição da Paulista. A abertura será no dia 1º, às 9h, em frente ao Conjunto Nacional, na avenida Paulista, com o artista (Eduardo Kobra) acompanhando o descerramento dos painéis.
“Aceitei o convite porque há muitos anos em muitas das minhas obras destaco grandes nomes que contribuíram para a Humanidade na Ciência, Arte, Humanismo e Religião, como Einstein, Da Vinci, Gandhi, Madre Tereza, Malala, Martin Luther King, Mandela e tantos outros. Agora é a hora de destacar, como já fiz no mural ‘Candango’, em Brasília, os milhões de trabalhadores anônimos que têm a arte de construir e melhorar o País e de, com dedicação, amor e competência, superar as adversidades e sustentar suas famílias”, diz Kobra. “É justamente por isso que tive a ideia de fazer 30 painéis, que serão colocados ao longo da av. Paulista, onde mesclo clássicos da arte com fotografias e cenas de 30 categorias profissionais. É a beleza da arte. A beleza do trabalho. A beleza da vida”, afirma o muralista.
Os painéis têm 3,5 metros de altura por 2,5 metros de largura. Em cada obra há um QR Code com os depoimentos dos profissionais, gravados em vídeo. Embaixo de cada painel tem ainda a especificação da obra.
“Todas as pessoas fotografadas trabalham mesmo nas suas profissões. Nenhuma delas é modelo”, destaca Kobra, que cita alguns exemplos dos painéis: o bancário Rogério Marques da Silva teve seu retrato mesclado com a obra O filho do Homem, de Rene Magritte; Marcelo Fernandes de Sousa, caminhoneiro, empresta usa imagem a uma interpretação única de David, de Michelangelo; As Respingadoras, de Jean-François Millet, inspira o retrato da catadora Maria Dulcinéia S. Santos; a cobradora Cássia Aparecida Santos Silva, em uma obra que traz citações do Auto-Retrato de Tarsila do Amaral, Cinco Moças de Guaratinguetá, de Di Cavalcanti e O Mestiço, de Candido Portinari; a comerciária (repositora) Rosana Batista Santos, uma criação baseada na obra Campbell’s Soup Cans, de Andy Warhol; e a irmã de Kobra, Silvia Cristina Fernandes Léo, está presente na obra Rosie, A Rebitadeira, de J. Howar Miller.
As homenagens seguem com a construção civil, a gastronomia, representada por um Chef de Cozinha e um garçom, o trabalho doméstico, a enfermeira, o frentista, o ferroviário, o joalheiro, o fotógrafo, os garis, os motoboys, motoristas de aplicativo e taxi, o padeiro, o petroleiro, o metalúrgico, o porteiro de hotel, o professor, os profissionais da telefonia e do telemarketing, o carteiro, o trabalhador rural, até o piloto de avião.
Neste ano em que o Brasil comemora 200 anos de sua Independência, a exposição dará voz e visibilidade àqueles que, desde a escravidão – embora tenham ajudado a construir e contribuído para o desenvolvimento social, tecnológico e econômico do Brasil –, não conseguem usufruir dos benefícios e nem ao menos conquistar sua própria independência. Raras vezes foram retratados pela arte ou tiveram sua voz amplificada por ela.
“Você pode pegar uma lupa e analisar quadros e pinturas da Proclamação da Independência e não vai encontrar nenhum trabalhador nelas. Estão lá membros da corte, serviçais e escravos. Nenhum deles remunerados”, diz Ricardo Patah, presidente da UGT, que julga oportuno o momento para este reconhecimento, já que, afirma, “de lá para cá pouca coisa mudou no que tange a essa representatividade”.
De acordo com o curador Fernando Costa Netto, da DOC Galeria, a exposição que começa no dia 1º é importantíssima para a Classe Trabalhadora e para a sociedade.“Kobra é um artista magnífico que saiu do extremo sul da cidade de São Paulo para ganhar o mundo. Um trabalhador que é uma inspiração para a classe trabalhadora, um cara que venceu pela arte, e nesse percurso faltava uma exposição como essa no epicentro do país. Kobra na Paulista é um presente para a nossa cidade e uma honra para a gente”, diz.
Sobre a exposição
Coordenada pela Secretaria de Organização e Políticas Sindicais da UGT e pela Maná Produções, Comunicações e Eventos, a Exposição da Paulista, uma das maiores exposições ao ar livre do mundo, ocupará de 1º a 31 de maio um quilômetro da ciclovia da principal artéria da cidade, a Avenida Paulista, entre a Rua Augusta e a Alameda Campinas.
fonte: assessoria de imprensa
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