Giulliano Esperança fala sobre sua ‘jornada’ de recuperação saudável
O AVC (Acidente Vascular Cerebral) isquêmico é uma condição médica grave que pode ter consequências devastadoras para aqueles que o experimentam. É causado por um bloqueio em uma artéria do cérebro que interrompe o fluxo sanguíneo, resultando na morte rápida de células cerebrais e danos permanentes. Geralmente, o AVC isquêmico pode ser evitado por meio de uma alimentação saudável e equilibrada.
Fatores de risco para o AVC isquêmico
A nutricionista funcional Cris Ribas Esperança explica que existem vários fatores de risco que podem contribuir para o desenvolvimento do AVC isquêmico, incluindo hipertensão arterial, colesterol alto, diabetes, tabagismo, obesidade, sedentarismo e histórico familiar de AVC. A maioria desses fatores de risco pode ser controlada por meio de mudanças no estilo de vida e, em particular, pela adoção de uma dieta saudável.
Giulliano Esperança é educador físico e recentemente enfrentou um AVC isquêmico e iniciou uma jornada de recuperação baseada em determinação e cuidado consigo mesmo. Após o AVC, enfrentou problemas de audição e conexão das palavras, mas encontrou forças para continuar se cuidando e inspirando outras pessoas com sua história de superação.
Sintomas e sinais de alerta:
Muitos sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos, como:
– dor de cabeça muito forte, de início súbita, sobretudo se acompanhada de vômitos;
– fraqueza ou dormência na face, nos braços ou nas pernas, geralmente afetando um dos lados do corpo;
– paralisia (dificuldade ou incapacidade de se movimentar);
– perda súbita da fala ou dificuldade para se comunicar e compreender o que se diz;
– perda da visão ou dificuldade para enxergar com um ou ambos os olhos.
No caso de Giulliano, a área afetada no pós AVC foi a área da fala e da compreensão. Esta sequela (chamada afasia) é uma das mais comuns nas vítimas de AVC, e altera a capacidade de falar, ler, escrever e ouvir, ou seja, de se comunicar adequadamente. Contudo, a afasia não afeta a inteligência, mesmo que a fala esteja confusa ou alterada.
As pessoas com afasia podem conseguir falar e nomear, mas não conseguir usar a essa linguagem de forma funcional e contextualizada. Pode ocorrer ainda situações que a afasia esteja associada com processos cognitivos, como, por exemplo, alteração de memória ou atenção.
Essas alterações têm uma alta prevalência, estudos a respeito do tema apontam que, cerca de 20% a 70% dos sobreviventes de AVC ficam com alteração de comunicação, principalmente na fase aguda do AVC. Com o passar do tempo esses fatores evoluem, tanto para um comprometimento estagnado como para melhoria.
No processo de reabilitação, o apoio da família é importante principalmente com limitações na fala ou linguagem, que podem apresentar vários graus. Algumas pessoas perdem a fala por completo, sem compreender nada, algumas pessoas conseguem falar poucas coisas e compreender outras, isso é diferente conforme a pessoa, o grau e local do cérebro que foi comprometido pelo AVC.
Os tratamentos para a afasia se baseiam em duas abordagens principais. A primeira prioriza a estimulação da comunicação, buscando melhorar as habilidades de fala e compreensão do paciente. Já a segunda abordagem foca em habilidades específicas, identificando as alterações na fala e propondo um tratamento específico para cada habilidade afetada. Isso ajuda a entender o problema e tratar de forma mais efetiva. Uma das abordagens utilizadas para o caso do Giulliano, foi a estimulação cerebral através de jogos de compreensão e estudando novos idiomas para estímulo de novas células neurais.
O AVC isquêmico de Giulliano Esperança foi na região temporal, que é compreendida por dois blocos, o de Broca e o de Wernicke, nesse caso, a área mais afetada foi a de Wernicke, a qual é mais fácil de ser trabalhada pelo fato de não ter afetado a área de Broca, que seria mais grave, porém, está sendo um grande desafio para os médicos, pois Giulliano não se encaixa nos fatores de riscos conhecidos.
Embora existam fatores de risco conhecidos para o AVC, como hipertensão, diabetes e tabagismo, muitas vezes o AVC ocorre em pacientes sem esses fatores de risco. Isso pode tornar mais difícil descobrir a causa exata do AVC e prevenir futuros episódios. A formação dos trombos que causam o AVC é um processo complexo e ainda não completamente compreendido pela medicina.
No entanto, estudos e pesquisas continuam em andamento para entender melhor esses mecanismos e desenvolver novas estratégias de prevenção e tratamento para pacientes com AVC isquêmico, especialmente aqueles que não se enquadram nos fatores de risco padrão.
Uma das principais dicas que Giulliano usa para cuidar de sua saúde e bem-estar após o AVC é dedicar um tempo diário para o exercício físico. Ele conta que o movimento é essencial para estimular a neuroplasticidade e criar novas conexões neurais que favorecem a recuperação. Por isso, Giulliano Esperança seguiu um programa específico de exercícios adaptados às suas necessidades e limitações, que inclui treinamento de força, cárdio e alongamento. Dedicando 12 minutos do seu dia para se exercitar, sabe que mesmo em um curto período, é possível ver
resultados significativos.
Além do exercício físico, Giulliano conta em suas redes sociais como está cuidando do seu estilo de vida, prestando atenção à alimentação, estudando, orando e meditando. Ele sabe que esses hábitos saudáveis podem maximizar os benefícios em sua recuperação e bem-estar. Giulliano segue uma dieta equilibrada, rica em nutrientes e com baixo teor de gordura saturada e açúcares refinados. Ele também lê livros e artigos sobre saúde e bem-estar, além de praticar meditação e oração para reduzir o estresse e a ansiedade.
A alimentação e a prevenção do AVC isquêmico
Uma dieta saudável e equilibrada pode ajudar a prevenir o AVC isquêmico, pois pode ajudar a controlar a pressão arterial, reduzir os níveis de colesterol e controlar o diabetes. Além disso, uma alimentação saudável pode ajudar a manter um peso saudável e a reduzir a inflamação, que é um fator de risco para o AVC isquêmico.
Aqui estão algumas dicas sobre como uma alimentação saudável pode ajudar a prevenir o AVC isquêmico:
1. Reduza o consumo de sódio: “O sódio pode aumentar a pressão arterial, o que é um fator de risco para o AVC isquêmico. Reduza o consumo de alimentos processados e salgados e evite adicionar sal às refeições.” comenta Cris Ribas Esperança;
2. Consuma mais frutas e vegetais: Frutas e vegetais são ricos em vitaminas, minerais e fibras, e podem ajudar a reduzir a inflamação e manter um peso saudável. Além disso, eles são baixos em calorias e podem ajudar a reduzir o risco de obesidade, que é um fator de risco para o AVC isquêmico;
3. Aumente o consumo de grãos integrais como aveia, quinoa, arroz integral e pão integral, são ricos em fibras e podem ajudar a reduzir os níveis de colesterol;
4. Consuma mais proteínas magras como peixes, aves, ovos e legumes, podem ajudar a manter a massa muscular e reduzir o risco de obesidade.
5. Limite o consumo de gorduras saturadas e trans que podem aumentar os níveis de colesterol e, consequentemente, o risco de AVC isquêmico. Limite o consumo de alimentos ricos em gorduras saturadas, como carnes gordas, produtos lácteos integrais e alimentos fritos. Evite alimentos ricos em gorduras trans, como biscoitos e salgadinhos industrializados;
6. Consuma mais alimentos ricos em ômega-3: os ácidos graxos ômega-3 são conhecidos por terem propriedades anti-inflamatórias e podem ajudar a reduzir o risco de um segundo AVC. Alimentos ricos em ômega-3 incluem peixes gordos, como salmão e atum, sementes de chia, nozes e linhaça.
A alimentação e a recuperação do AVC isquêmico
Após um AVC isquêmico, a alimentação pode desempenhar um papel importante na recuperação e na prevenção de futuros AVCs. Cris Ribas Esperança cita algumas dicas sobre como a alimentação pode ajudar na recuperação do AVC isquêmico:
1. Tenha uma dieta balanceada composta por frutas variadas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis. Os alimentos devem ser ricos em vitaminas, minerais e fibras;
2. Beba bastante água: é importante manter-se hidratado após um AVC isquêmico. Evite bebidas açucaradas e alcoólicas;
3. Reduza o consumo de sódio existente alimentos processados e salgados e evite adicionar sal às refeições. Isso pode ajudar a controlar a pressão arterial e reduzir o inchaço;
4. Aumente a ingestão de fibras pois são importantes para a saúde do coração e podem ajudar a reduzir o colesterol. Alimentos ricos em fibras incluem frutas, vegetais, grãos integrais, nozes e sementes;
5. Consuma alimentos ricos em antioxidantes como frutas vermelhas, legumes, nozes, chá-verde e cacau, podem ajudar a reduzir a inflamação e o dano celular após um AVC;
6. Evite álcool e tabaco pois são fatores de risco para o AVC isquêmico e devem ser evitados ou reduzidos o máximo possível;
7. Consulte um nutricionista: este profissional pode ajudá-lo a planejar uma dieta personalizada que atenda às suas necessidades nutricionais individuais e ajude na recuperação após o AVC.
Jornada de superação
Giulliano Esperança também encontra força e inspiração em outras áreas da vida, pois ele sabe que encontrar a motivação pessoal pode criar um ambiente mais positivo e propício para a recuperação. Também se conecta com outras pessoas que passaram por experiências semelhantes e compartilha seus desafios e conquistas.
Além disso, receber apoio incondicional de pessoas queridas como seus alunos, irmão, amigo, mentor e sua esposa foi fundamental. Ele sabe que o apoio de pessoas especiais pode fazer toda a diferença em momentos difíceis e ajudar a manter a determinação e o cuidado consigo mesmo. Giulliano também conta com suporte profissional como fisioterapeutas e médicos que o ajudam em seu processo de recuperação. A jornada de Giulliano Esperança é inspiradora e nos mostra que é possível superar grandes desafios com determinação e foco. Com perseverança e comprometimento, é possível alcançar grandes resultados e superar qualquer desafio.
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