Há dois meses, foi anunciada a primeira morte causada pelo coronavírus no Brasil. Em 60 dias, morreram 16.118 pessoas de Covid-19.
Wanderley Parizotto**
O número de mortos equivale à queda de um avião de grande porte por dia, sem sobreviventes. Ou ao desaparecimento de 1.465 times de futebol.
Nos últimos dias morreram, em média, 32 pessoas por hora. Tudo indica que o número de contaminados e mortos subirá vertiginosamente. O país está envolto em discussões vazias, disseminação de ódio e diversionismos patrocinados pelo Governo Federal.
Ministros da Saúde, principal pasta neste momento, desistem. Pessoas batem em jornalistas. Manifestantes pró-governo carregam caixões.
Quem critica o governo vira comunista, inimigo jurado de morte, o próprio diabo.
Médicos e enfermeiros são agredidos.
A Suécia virou modelo de combate à pandemia, quando lá já sabe que foi tudo feito errado.
A cloroquina volta novamente a ser o santo remédio e vira música. Quando no mundo inteiro, inclusive, nos EUA, tal afirmação caiu por terra, pois, não há comprovação científica até agora.
Dizem que o isolamento social destrói a economia. Não. Quem está destruindo a economia é o vírus. E maior será a destruição quanto maior for a incompetência para lidar com o problema. A continuar assim tropeçaremos em cadáveres. Senhores prefeitos é bom começar a abrir valas para sepultamentos coletivos.
**Economista e criador deste portal
Imagem de abertura: pixabay