A atriz hollywoodiana é uma das mais famosas ativistas na linha de frente da defesa dos animais, das mulheres, contra o etarismo e da conscientização pela preservação do meio ambiente
Por Caia Amoroso *
Criatividade, tecnologia, negócios, inovação. É o futuro sendo debatido por profissionais e celebridades, tudo junto fazendo bater forte os corações de quem foi ao South by Southwest, mais conhecido como SXSW, na cidade de Austin, capital do Texas.
O Festival, reconhecido como um dos mais importantes, existe há mais de 30 anos. E como tudo deste mundo, foi obrigado a uma parada durante a pandemia. Este ano, aconteceu entre os dias 8 e 16 de março, na simpática cidade americana, permeada por uma universidade, lagos e parques.
Em seu penúltimo dia, o painel “Hollywood and Activism: Insights from” convidou a atriz e ativista Jane Fonda para a conversa “Hollywood e Ativismo: Ideias de Jane Fonda, David Fenton e Sweta Chakraborty” (em tradução livre).
As três personalidades falaram sobre como a mídia e a comunicação podem mobilizar pessoas a favor de atitudes eficazes para o progresso político e humanitário.
Para quem não sabe quem é Jane Fonda, não custa nada relembrar um pouquinho da sua trajetória. Especialmente ao público jovem que, provavelmente, não teve a oportunidade de vê-la atuando como a astronauta Barbarella (veja na imagem abaixo), na deliciosa comédia erótica de mesmo nome feita em 1968.
Entre os mais de 40 filmes em que atuou, Jane Fonda levou dois Oscars de melhor atriz, entre outros tantos prêmios. E em dezenas de séries para a TV, talvez a reconheçam pela famosa “Grace and Frankie” no papel da divertida Grace, contracenando com a comediante Lily Tomlin, no papel de Frankie.
A atriz hollywoodiana é uma das mais famosas ativistas na linha de frente da defesa dos animais, das mulheres, contra o etarismo e da conscientização pela preservação do meio ambiente.
Aos 86 anos, o ativismo ambiental é sua luta mais recente. A intrépida Jane Fonda já foi presa diversas vezes: lá trás, quando fez parte de uma manifestação contra a Guerra do Vietnã e, em 2019, aos 82 anos, ao juntar forças à Greta Thunberg nos protestos contra as tragédias climáticas ocorridas nos Estados Unidos.
Com o Greenpeace, a atriz também criou a Fire Drill Friday, uma plataforma para reunir pessoas, políticos, cientistas e celebridades em torno da urgência climática. E o Jane Fonda Climate PAC é outra ação política da atriz com o objetivo de denunciar quem apoia a indústria dos combustíveis fósseis.
Durante o SXSW (veja a participação dela na imagem abaixo) Jane pediu que a arte a publicidade se unissem para combater a mudança climática. E pediu: “Artistas, criem poemas, filmes, canções. Falar de clima deveria ser tão popular quanto falar de música. Estimulou o público a se envolver pela causa, ao dizer que nós somos a primeira geração que está sentindo os efeitos da crise climática e que pode ser a última a realizar algo a respeito disso”,
Jane não poupou ninguém ao apontar os verdadeiros culpados pela crise ambiental: “Nós damos US$ 200 bilhões anualmente para essa indústria através de taxas e subsídios. Estamos pagando para eles, que estão nos inundando, nos queimando e nos matando. Precisamos parar”, alertou. Furiosa em seu discurso, a atriz sugeriu que a população votasse nas próximas eleições americanas de novembro, com o clima no coração, como uma saída para mudar o curso dos acontecimentos. “Há tanta coisa que podemos fazer. Se quer ir rápido, vá longe. Se quiser ir longe, vá junto”, disse.
*A jornalista Caia Amoroso ( que muito gentilmente escreveu esse artigo especialmente para o PortalPlenaGente+) também é autora dos seguintes livros: “Mudança climática: o que temos a ver com isso?” ; Violência x tolerância – Como semear a paz no mundo e Eu também quero participar! Cidadania e política aqui e agora, todos lançados pela editora Moderna.
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