Se vivo fosse, o que Nelson Rodrigues diria do atual cenário da política nacional?
Por Wanderley Parizotto*
Nelson Rodrigues (1912-1980) foi um dos maiores dramaturgos, escritores, jornalistas e cronistas brasileiros. Torcedor fanático do Fluminense, com raro humor ácido, era também criador de frases genais.
Talvez o melhor frasista do Brasil, Nelson nos deixou algumas pérolas como estas:
“Invejo a burrice, porque ela é eterna”; “a humanidade fracassou; subdesenvolvimento não se improvisa, é obra de séculos”, entre outras tantas.
Há uma em especial que retrata bem o momento do Brasil: ” Os idiotas vão tomar conta do mundo, não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos”. Nosso país, nos últimos anos, principalmente, se dedicou árdua e diuturnamente, de forma incansável até, na criação e proliferação de idiotas públicos com suas idiotices.
Fica até difícil destacar o “melhor”. São todos muito bons na área. Creio que se houvesse um prêmio mundial para os maiores idiotas, o Brasil seria o principal favorito e, com certeza, angariaria do primeiro ao centésimo prêmio, desde que fossem premiados só 100. Se fossem mais, também ficaria com os demais.
De fato é complicadíssimo escolher os maiores idiotas e seus ditos imbecis. O pior é que tem muito brasileiro que acredita nessas figuras e nas suas falas despropositadas. E, de fato, eles (e elas) perderam a modéstia. Toda e qualquer bizarrice pode ser dita publicamente, por pessoas públicas e formadoras de opinião.
Só para lembrar, sem querer tirar os méritos de tantos outros, pois não seria justo, na medida que todos são muito bons nesta área:
Políticos bolsonaristas apoiando Trump e os EUA, depois da tarifa imposta pelo ‘rei’ norte americano aos produtos brasileiros:

O deputado federal pelo Rio de Janeiro, Hélio Lopes, bolsonarista de quatro costados, protestando contra a tornozeleira de Bolsonaro, usando uma camiseta de apoio à Israel. Também iniciou greve de fome. Mas dentro da barraca foram encontrados alguns sanduíches de mortadela.
Deputados brasileiros do PL de Bolsonaro, homenageando Trump após o mesmo taxar em 50% produtos brasileiros exportados para os EUA
Pois é, Nelson Rodrigues, além de tudo que fez, também foi vidente. E dos bons.
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Jornalista com experiência sobretudo em redação de textos variados - de meio ambiente à saúde; de temas sociais à política e urbanismo. Experiência no mercado editorial: pesquisa e redação de livros com focos diversos; acompanhamento do processo editorial (preparação de textos, revisão etc.); Assistência editorial free lancer. Revisora Free Lancer das editoras Planeta; Universo dos Livros e Alta Books. Semifinalista do Prêmio Oceanos 2020.