Alzheimer – você sabe por que a doença tem esse nome?

A doença de Alzheimer ainda oferece mais perguntas que respostas, tanto para os médicos e pesquisadores que tentam estudá-la, quanto para aqueles que convivem diretamente com ela: os familiares e cuidadores.

Aqui no Plena, continuamos a  ‘falar’ sobre ela sob os vários pontos de vista e esse texto, publicado originalmente pelo Instituto Alzheimer Brasil, nos conta como ela foi inicialmente descrita. Acompanhe:

História da doença de Alzheimer

A Doença de Alzheimer foi descrita em 1906 pelo médico psiquiatra e neurofisiologista alemão, Alois Alzheimer, quando publicou em um congresso, o estudo de caso de uma paciente com 51 anos, denominada Auguste Deter. Esta paciente foi internada no Hospital Psiquiátrico de Frankfurt, onde Alois trabalhava. O marido de Auguste queixou-se ao médico que ela tinha comportamentos estranhos, andava descuidada com a casa, vivia irritada e que lhe fazia constantes acusações a respeito de sua fidelidade como esposo, sem ter qualquer motivo para tanto.

Após quatro anos, Auguste faleceu e Alóis pode estudar seu cérebro tendo encontrado atrofia generalizada de células em seu córtex cerebral, camada externa do cérebro que é relacionada às habilidades intelectuais. Observou que eram as mesmas alterações encontradas em cérebros de idosos, só que em maior quantidade e mais acentuadas no hipocampo (uma estrutura no lobo temporal importante na formação de memórias).

Auguste Deter, a paciente de Alois Alzheimer em novembro de 1901. Primeira descrição de um paciente com a doença de Alzheimer. (imagem – domínio público)

Descreveu que as células que se mostravam alteradas formavam emaranhados neurofibrilares (alterações de proteína Tau) e placas senis (acúmulo de proteína beta amiloide), que matam neurônios (principais células nervosas) e reduzem as conexões (sinapses) entre eles.

Equipe do laboratório de Alois Alzheimer (3º a contar da direita na fila superior). Alzheimer foi o primeiro a identificar a doença, em 1901. (imagem – domínio público)

Logo em seguida, Emil Kraepelin, chefe de Alois em outra clínica na qual trabalhavam, adiantou-se em batizar a doença de “Doença de Alzheimer”.

O trabalho pioneiro e bem realizado por Alois Alzheimer abriu o caminho para inúmeros outros estudos. 

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