Mal de Alzheimer, outras demências e o envelhecimento populacional brasileiro: participe dessa discussão…

Este  é  um problema que todos, independente da idade, precisam discutir. Fazer com que a longevidade do cérebro acompanhe a do corpo será um dos grandes desafios da nossa sociedade.  Participem das discussões, proponham pautas, enviem relatos, talvez sua experiência possa ajudar muitos outros. 

Wanderley Parizotto *

Cerca de 1,5 milhão de brasileiros têm Alzheimer. A cada ano novo,  150 mil casos são  diagnosticados.

E outros tantos sequer são, muita gente ainda acha normal: “está velho, é  assim mesmo”. Diversas outras demências causadas pelo envelhecimento existem, porém, quase todas caem no cesto do Alzheimer.
Meu pai  tem Alzheimer. Quando recebeu o diagnóstico o médico vaticinou que ele viveria  mais 10 ou 15 anos. Já se passaram quase 25 e está vivo.

Mas por que agora ouvimos tanto falar da doença? Simples, porque há algumas poucas décadas, embora chamado de caduquice ou esclerose de velho, as pessoas morriam mais cedo, em razão de qualquer doença. Vivia-se muito menos. Quando a demência aparecia, logo a pessoa morria e o drama era muito menos sentido.

O Brasil alcançou 70 anos de expectativa de vida (quantos anos uma pessoa irá viver, em média, num país) em 2000. O brasileiro, em média, vive muito mais hoje. A expectativa de vida sobe ano a ano. Hoje ela está na casa dos 76 anos. A cada década, ela sobe muito.

E como é média, tem gente que morre muito mais cedo e outras muito mais tarde. Em muito pouco tempo, nossa expectativa de vida será 80, 90 … anos ( segundo dados do IBGE).

A tendência, infelizmente, é o crescimento vertiginoso do número de pessoas acometidas com alguma demência na velhice.  A medicina está muito atrasada nas pesquisas sobre demências senis. Pela mesma razão, há poucos anos um número pequeno de velhos vivia muito. Contudo, há meios de diagnosticar o problema com antecedência, tentar retardar sua chegada, mitigar seus efeitos e tornar melhor a vida tanto do o doente como da sua família e, principalmente, para quem cuida.

Pois, todos sabemos que não é nada fácil. É um enorme esforço diário, com muito desgaste e sofrimento.  No Portal Plena abordamos sempre o tema. A partir de agora, vamos falar mais frequentemente sobre o assunto com artigos, entrevistas, depoimentos, estudos publicados e etc.

Este  é  um problema que todos, independente da idade, precisam discutir. Fazer com que a longevidade do cérebro acompanhe a do corpo será um dos grandes desafios da nossa sociedade. Participem das discussões, proponham pautas, enviem relatos, talvez sua experiência possa ajudar muitos outros. Chamar a atenção do país para o problema é fundamental para o futuro do Brasil. 
Vamos juntos?  

*Economista e criador deste portal.

Um comentário

  1. Boa noite. Ótima iniciativa. Como cuidadora de mãe com Alzheimer, pesquiso muito sobre o assunto, não só para dar qualidade de vida a ela como a procura de uma luz no fim do túnel em relação ao meu futuro caso venha a ser acometida por esta doença tão terrível. Minha mãe foi diagnosticada com 66 anos, a princípio com depressão que evoluiu para Alzheimer, há 7 anos enfrentamos a luta contra um inimigo invisível. A longevidade do corpo acompanhada de um cérebro ativo seria uma grande descoberta para a evolução humana.

Deixe um comentário