Mansson decidiu se tornar DJ aos 62 anos, após a morte de seu marido. Suas festas costumam começar às 18h00 e terminam por volta das 23h00.
Combinando trajes com lantejoulas, DJ Gloria, de 81 anos, brilha fazendo os cinquentões dançarem nas discotecas suecas.
“Não há uma única pessoa que eu não possa atrair para a pista de dança”, afirma.
DJ Gloria, cujo nome verdadeiro é Madelein Mansson, enche as pistas de dança para um público com mais de 50 anos na Suécia – com confirmação de identidade obrigatória -, atraindo principalmente mulheres que querem dançar.
Em uma de suas recentes noites na boate Josefina, em Estocolmo, seu set incluiu sucessos como “Mamma Mia”, “Funkytown”, “Moves Like Jagger” e “I’ve Been Thinking About You”.
“Ela é fantástica. Na idade dela… traz energia e amor. Quando você tem mais de 55 anos, não é fácil encontrar um lugar para dançar. E Gloria fez isso para nós”, ressalta Eva Jakobson, de 63 anos.
Louise, de 69 anos, concorda. “É a melhor DJ que já tivemos na Suécia. Coloca todas essas mulheres em destaque. Torna-as fortes. Olhe para elas, são jovens para sempre. Nós a adoramos”, diz.
Mansson decidiu se tornar DJ aos 62 anos, após a morte de seu marido, de quem cuidou diariamente durante nove anos.
“Estava deprimida. Apática e triste”, recorda.
Inicialmente, optou por ser professora de aeróbica. Preparar as músicas para suas aulas era um verdadeiro prazer.
Na cama às 23h00
O filho de uma amiga deu três aulas particulares a Mansson, o suficiente para entender como mexer nos equipamentos.
“Eu era muito ruim no início”, admite. Então começou a ir em boates para ver como os DJs trabalhavam e descobriu que não havia discotecas abertas antes das 23h00.
“Escandaloso! Eu quero estar em casa na minha cama às 23h00. Então perguntei a uma amiga: ‘você quer começar uma discoteca para os 50+ comigo’?”. Hoje elas comandam esta empresa.
As noites de DJ Gloria costumam começar às 18h00 e terminam por volta das 23h00. Todas as noites ela abre a pista de dança com “I Will Survive”, clássico da cantora americana Gloria Gaynor.
“É perfeita para começar a pista… Tem entre 116 e 118 batidas por minuto . Então não é muito rápida nem muito lenta”, afirma.
Às vezes encerra com “At Last”, de Beyoncé, ou com um pouco de Elvis. E, quando o ânimo pede, coloca “Thunderstruck”, do AC/DC.
Durante suas apresentações, a sueca se posiciona em sua cabine e interage com o público animado, com seus fones brilhantes marcados como “DJ Gloria” ajustados aos ouvidos.
Madelein Mansson segue de perto as novidades da indústria musical, inspirando-se em todas as pessoas que encontra em seu caminho.
Ex-cantora de jazz, designer de roupas e dona de um centro de jardinagem, DJ Gloria é imbatível. Com datas fechadas com um ano de antecedência, ela prepara suas playlists em sua mesa de cozinha.
Jornalista com experiência sobretudo em redação de textos variados - de meio ambiente à saúde; de temas sociais à política e urbanismo. Experiência no mercado editorial: pesquisa e redação de livros com focos diversos; acompanhamento do processo editorial (preparação de textos, revisão etc.); Assistência editorial free lancer. Revisora Free Lancer das editoras Planeta; Universo dos Livros e Alta Books. Semifinalista do Prêmio Oceanos 2020.