Uma reflexão necessária sobre os cuidadores de idosos informais.
Berna Almeida **
Aqui pensando: o cuidador informal abre mão de sua vida, renuncia a tudo, larga o emprego e passa a viver das migalhas do ente querido.
Passam anos a fio, sequelados, definhando junto com o doente, todos viram as costas e ele fica lá.
Todo santo dia, os mesmos personagens na casa…
Ele e o doente, passa um pouco, a casa acolhe dois doentes…
Um doente cuidando do outro doente.
Terminada a missão, para que lado esse cuidador deve ir?
Com que dinheiro ele irá se manter daqui para frente?
Vai trabalhar com o quê?
Quem dá emprego para quem passou anos fora do mercado de trabalho?
Vamos tentar um Auxilio Cuidador para estas vidas que dedicaram anos de suas vidas em prol de outras vidas?
– Não. Eles não tem direito – respondeu o INSS.
Enquanto isso milhares de empregados fantasmas recebem seus salários sem nem mesmo comparecerem em seus ambientes de trabalho, e sem contar com os que se aposentaram com um salário maior do que recebiam sem bater um prego numa barra de sabão.
Porque tão pouco caso, já que um Cuidador Informal é gente que faz?