Cuidador de idosos: uma profissão que requer, acima de tudo, amor…

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…e quem diz isso é uma cuidadora que atua na área há mais de 40 anos…

Ana Claudia Vargas

A enfermeira Maria da Conceição, 64,  proprietária da Akalanto Longevidade, empresa que agencia cuidadores de idosos na capital paulista,  é taxativa quando diz que para trabalhar nesta profissão  é preciso, acima de tudo, de amor.

Amor pelos idosos e pelas tarefas que visam dar a eles, em seus últimos anos, toda a qualidade de vida possível. Maria também acredita que é justamente isso – amor – que falta à maioria dos profissionais que veem na profissão apenas uma forma de sustento financeiro.

É claro que o cuidador deve ser bem remunerado, é claro que se trata de um trabalho que exige muito de quem o escolhe mas, se você o escolheu, faça com amor. Este é o recado de Maria que começou a trabalhar, primeiro, como atendente de enfermagem, aos 22 anos, quando chegou na capital (ela é mineira).

Maria nos conta que foi durante um estágio em um hospital que ela recebeu a tarefa de cuidar de idosos e, desde então, começou a atuar na área, fez cursos, buscou se qualificar e foi, ao longo do tempo, percebendo que a profissão se fundamenta, sobretudo, no carinho e no amor.

O Portal Plena recebe muitas mensagens, tanto de cuidadores em busca de trabalho, quanto de pessoas que procuram cuidadores, por isso, a opinião de uma pessoa como Maria da Conceição é importante e bem vinda.

Acompanhe :

Maria, quando você começou a trabalhar como cuidadora de idosos?

R. Aos 22 anos.

A escolha profissional ocorreu por vocação? Fale sobre isso, por favor.

Sim, durante meu trabalho como estagiária no hospital São Camilo surgiu uma
oportunidade para um turno noturno onde eu acompanhava uma idosa. E desde então, eu só trabalhei como cuidadora de idosos.

 Na sua opinião, quais são as qualidades fundamentais que um cuidador (a) de idosos precisa ter?

Amor à profissão, acima de tudo.

 Como você avalia a profissão atualmente em relação à procura, qualificação e motivação dos profissionais? Gostaria de uma resposta bastante sincera.

Muito ruim, pois a maioria dos profissionais procuram apenas pela boa remuneração.

Eu tenho a impressão (embora não conheça o mercado a fundo) que a profissão de cuidador tem sido ‘vendida’ como se fosse de fácil aprendizado e isso contribui para que os valores pagos sejam muito reduzidos. Qual sua opinião sobre isso?

A minha opinião é que as pessoas tem procurado essa profissão somente pela remuneração e não por vocação.

Quando a Akalanto foi fundada e porquê?

Em 2014. Foi fundada porque as pessoas me procuravam para indicação de cuidadores e então
surgiu o desejo de abrir a minha própria agência de cuidadores.

 Quais são os maiores desafios que você enfrenta diariamente?

Qualificação dos  cuidadores.

Que conselho/sugestão você daria para quem pensa em seguir essa profissão?

Que faça as tarefas com amor e não somente pensando no dinheiro.

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