Ela começou a dançar ballet aos 60 anos: conheça a história de Lu Fernandez

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Segundo a goiana (naturalizada carioca), o ballet era um desejo antigo que se tornou inevitável (ou inadiável) quando chegou aos 60…
Ana Claudia Vargas*
Virada de chave: é assim que Lu Fernandez define o começo de suas aulas de ballet. Segundo ela, este era um sonho antigo que ainda não havia sido realizado e que, ao chegar aos 60, se tornou inadiável.
Como consta no material de divulgação “sua história é uma celebração da persistência, da coragem e da beleza atemporal da dança, um convite para pessoas de todas as idades perseguirem seus sonhos”.
Acompanhe a entrevista que Lu Fernandez  nos concedeu:
1.    Você já havia feito aulas de ballet antes ou esta é a primeira vez? 
R: Nunca havia feito ballet na vida.
2.    Quando (em que data) e como decidiu que queria
dançar ballet?
R: Completar 60 anos foi uma virada de chave pra mim. Comecei a pensar na finitude e concluí que era o momento de realizar sonhos e desejos até então guardados.
3.    O que a levou a tomar esta decisão? Questões de saúde, desejo de dançar livremente ou…? As duas coisas.
R: Como sempre fui sedentária, precisava romper com essa condição e partir para uma rotina mais saudável. O ballet era um desejo antigo e pensei que o momento deveria ser aquele.

4.    Qual foi a reação dos seus familiares e amigos?
Houve comentários preconceituosos, incentivadores…? Fale sobre isso.
R: A reação de todos, a princípio, foi de surpresa. Depois veio o apoio e incentivo. Se alguém me criticou, não tomei conhecimento.
5.    Como foi a primeira aula? Você se sentiu bem, gostou de cara, ou foi uma experiência que a ‘assustou’ de algum modo?

R: A primeira aula foi um espetáculo. Fiquei extremamente feliz e tive a certeza de que continuaria.

6.    Você considera que o ballet foi (é) uma experiência essencial em sua vida? Se sim, por quê?

R: Sim. O ballet é muito interessante em vários aspectos porque você trabalha corpo e mente. É um exercício fantástico para a terceira idade já que durante a aula vc treina o equilíbrio, a coordenação motora e o cérebro. Sem contar que melhora sua autoestima.

7.    Fale sobre o ‘aulão do bem’: quantas pessoas (mais ou menos) costumam participar? Em quais lugares ocorre ou já ocorreu? Qualquer pessoa que queira pode participar?

R: Criei o aulão do bem com o objetivo de incentivar pessoas adultas a realizarem seus sonhos. Pessoas que, assim como eu, tinham vontade mas não tinha coragem de se expor diante de outras. E quando comecei a divulgar no meu perfil do Instagram a minha rotina de aulas o retorno veio muito rápido. Comecei a perceber quanta gente estava desejosa de se realizar mas não conseguia romper as próprias barreiras. O aulão começou reunindo 20 pessoas e hoje temos mais de 200 se o espaço permitir. Cada evento acontece em um espaço diferente. Ora numa academia de dança, ora no Theatro Municipal do RJ.

8.    O que você diria para alguém que já passou dos quarenta, sempre quis fazer ballet, não pôde e hoje
acha que não é mais possível? 
R: Afirmo que é possível sim. Qualquer pessoa pode dançar independente do corpo ou da idade. Cada um faz de acordo com as suas possibilidades e condição física. Não é sobre ser um profissional da dança, mas sim sobre ser feliz realizando aquilo que te dá prazer.
*Legenda e créditos das fotos: da esquerda para a direita, Lu Fernandez; Aulão do bem (foto Mariana Salles); Aulão do bem no Teatro Municipal (Mariana Salles); Lu Fernandez e Ana Botafogo(fotos Gabriel Margato)
  
*editora do PortalPlenaGente+

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