Sintomas não-motores costumam se manifestar anos antes dos sinais clássicos, como o tremor. Estar atento pode ajudar a diagnosticar a doença precocemente.
A Doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa que atinge aproximadamente 1% da população mundial com mais de 65 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Normalmente, ele é associado aos sintomas motores que manifesta, especialmente, o tremor.
No entanto, o que pouca gente sabe, é que a doença se inicia anos antes de o paciente começar a ter tremores, com outros sintomas não motores que acabam sendo ignorados.
O neurologista Gustavo Franklin explica que, em geral, os primeiros sintomas da Doença de Parkinson não são associados ao movimento. “Geralmente, a doença se inicia anos antes de aparecerem os sintomas motores, como tremor ou rigidez. Ela pode começar apresentando apenas uma constipação intestinal (intestino preso) ou apenas um distúrbio do sono, com sonhos vívidos, e esses serem os únicos sinais por anos”, explica.
O especialista comenta que, além da constipação intestinal, o paciente pode começar a ter alterações do sono, o chamado distúrbio da fase REM. “O paciente tende a se movimentar de forma brusca durante o sono, falar dormindo e apresentar sonhos vívidos, ou seja, que parecem reais”.
Um estudo recente mostrou que pacientes com distúrbio comportamental do sono REM, tem até 70% de chance de desenvolver uma ‘sinucleinopatia’, grupo de doenças neurodegenerativas em que se encontra a Doença de Parkinson. Depois disso, segundo o médico, a pessoa também pode começar a se queixar de dificuldades para sentir cheiros e apresentar sintomas psiquiátricos, como transtorno de ansiedade e depressão.
E, após todo esse quadro, a Doença de Parkinson segue evoluindo e aí sim começam os sintomas motores e é nessa fase que a maior parte dos pacientes são diagnosticados. “Além do tremor, é comum que a pessoa apresente bradicinesia, ou seja, seus movimentos voluntários tendem a ficar mais lentos. Além disso, outro sinal comum é a rigidez muscular, a sensação de que os membros estão mais ‘duros’ e, por isso, mais difíceis de movimentar”.
Como a doença é progressiva, quanto antes ela for diagnosticada, melhor para o paciente que consegue ser tratado precocemente para ter mais qualidade de vida. “É muito importante que as pessoas conheçam esses outros sintomas que aparecem antes dos sinais motores, para que procurem ajuda e façam uma avaliação com um neurologista”, alerta.
Existem diversas opções de tratamento para pacientes com Doença de Parkinson.
Normalmente, são medicamentos que repõem a dopamina que os neurônios não estão produzindo em decorrência da doença, aliviando os sintomas. “Apenas o médico pode avaliar qual a melhor opção e dosagem do medicamento, de acordo com as condições particulares do paciente. Mas quanto antes esse tratamento se inicia, melhores são as chances de que a pessoa continue realizando as suas atividades”.
fonte: assessoria de imprensa
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