POR GIANCARLO GALDINO – REVISTA BULA
“Alguns cineastas têm o dom de tratar de temas simples, quase banais, com tamanha profundidade que o público se espanta. Em “A ESTRADA DA VIDA” (1954), Federico Fellini (1920-1993) tece sua compreensão reveladora das tantas misérias humanas num de seus filmes menos esteticamente sofisticados, mas por isso mesmo tão marcante. Valendo-se de imagens que impor-se-iam como sua assinatura — a aura mágica do circo; a solenidade mambembe dos desfiles; a falsa dicotomia entre a terra e céu; a mulher, criatura que ninguém pode explicar muito bem; e, por óbvio, a placidez selvagem da praia —, Fellini fez de “A Estrada da Vida” o preâmbulo para se estender com mais fôlego pelas necessidades do homem, as espirituais e as da carne, juntas, pela vida afora.”
Bom filme:
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