Zumbi e Dandara Palmares são símbolos da luta contra o racismo e a exploração

 

Wanderley Parizotto**

 

Homem preto de 40 anos foi assassinado barbaramente a socos, ponta pés e enforcamento por seguranças de uma loja do Carrefour em Porto Alegre, na noite de 19 de novembro. O vídeo que circula na internet mostra requintes de violência e crueldade.

Por qual razão? Não há razão no mundo que explique este ato. Mas se não fosse preto estaria vivo. Aliás, o Carrefour vem tendo casos parecidos nos últimos tempos, sem mortes, mas com crueldade.

Qual a reação da sociedade? Nenhuma efetiva. No mínimo as lojas dessa rede deveriam ser abandonadas pelos brasileiros.

 

A esperança média de vida de pessoas pretas no Brasil chega a ser 20 anos menor que das brancas, em algumas regiões. Isto é, em determinadas regiões, morrem 20 anos mais cedo.

No país como um todo, a expectativa de vida de pessoas com pele preta é inferior a 10 anos, aproximadamente,  aos de pele branca.

 

NEGROS E PARDOS REPRESENTAM 54% DA POPULAÇÃO– IBGE

 

 

IPEA: renda dos negros ainda é cerca de duas vezes menor que a dos brancos

 

Segundo o IBGE, em média, os brancos vivem 73 anos, já os negros têm expectativa de vida de 67 anos.  75% dos homicídios no Brasil são praticados contra negros ( Atlas da Violência -IPEA– 2019).

 

Imagem- EBC

 

ELAS FORAM IMPEDIDAS DE ENVELHECER

 

 Ágatha Félix, oito anos, morta com um tiro de fuzil nas costas, no Complexo do Alemão; Kauê Ribeiro dos Santos, doze anos, assassinado com um tiro na cabeça, no Complexo do Chapadão; Kauan Rosário, onze anos, assassinado em Bangu; Jenifer Cilene Gomes, onze anos, assassinada na porta de casa; Kauan Peixoto, doze anos, baleado, em março, na comunidade da Chatuba, quando saiu de casa para comprar um lanche; e Ketellen Umbelino de Oliveira Gomes, cinco anos, morta com um tiro no Realengo.

 

 CRIANÇAS NEGRAS E POBRES ASSASSINADAS ESTE ANO NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO

 

 

EDUCAÇÃO

A taxa de analfabetismo é mais que o dobro entre pretos e pardos (9,9%) do que entre brancos (4,2%), de acordo com a PNAD Contínua de 2016.

ENSINO SUPERIOR –  De acordo com a PNAD Contínua de 2017, a porcentagem de brancos com 25 anos ou mais que tem ensino superior completo é de 22,9%. É mais que o dobro da porcentagem de pretos e pardos com diploma: 9,3%.

 

 

 

** Economista, criador deste portal.