Você sabe como vive um morador de rua?

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Representante da ONG Apoio Solidário conta sobre dificuldades enfrentadas pelos moradores de rua

 

 

Escrito por Julia de Oliveira /Ana Clara Fonseca Carneiro

Com a chegada do frio, há uma preocupação maior com o crescimento do índice de mortes de moradores de rua.

De acordo com o site “Brasil de fato”, cinco moradores de rua morreram no dia 21 e 22 de agosto, sendo estes os dias mais frios de 2020 em São Paulo, com uma temperatura mínima de 8,1°C. Mas, essa situação não está presente apenas no período do inverno, todos os dias eles enfrentam situações precárias de fome, frio, julgamentos e maus-tratos que também podem ocasionar a morte.

Para abordar mais sobre o tema, a estudante de Engenharia Química e integrante da ONG Apoio Solidário, Fabiana Farfan, 23, prestou uma entrevista onde foram apresentadas as experiências de moradores de rua de forma mais ampla. De acordo com Fabiana, existe um pré-julgamento pela sociedade, que generaliza os moradores por uma mesma visão: alcoólatras, usuários de drogas, desocupados e sem perspectiva de vida. Porém, nem todos escolheram viver desta forma, muitos possuem o ensino médio ou superior completo, mas devido às crises e complicações encontram-se nessas situações.

“Eles se sentem como um lixo. As pessoas devem entender que é um ser humano e deve ser tratado com amor e respeito, ” afirma a integrante da ONG.

Agora, com a chegada de um período mais frio, é importante dar um incentivo à população para a doações de cobertores, roupas e comida a fim de contribuir com as campanhas sociais. A ONG Apoio Solidário auxilia com o suporte de voluntários para a entrega de refeições e utensílios de necessidades básicas a cerca de 300 moradores de rua por final de semana.

Além disso, oferece acolhimento e apoio emocional.

Pensando nas situações vividas pelos moradores, os estudantes do Colégio Embraer Juarez Wanderley, Robert Nascimento Mariano, Natalia Vitória Alves dos Santos e Jordana Cruz de Oliveira Silva, desenvolveram um projeto chamado “Cápsula Ecológica”, intencionados em ajudar a reverter o modo de vida precário em que encontram-se os moradores de rua. “O intuito do nosso projeto era através de uma ideia simples propor a resolução de um complexo problema social […] nosso grupo decidiu desenvolver as cápsulas ecológicas a fim de fornecer dignidade no sono. Além de trazer à tona a cidadania retirada deles, promovendo assim sua reintegração na sociedade, ” disseram os integrantes do grupo.

A cápsula teria forma hexagonal, baseada nas colmeias de abelhas, dentro delas teria um colchão, uma lâmpada led e um armário de papelão, visando o designer compacto, confortável e viável tanto em relação a seu custo, quanto à sustentabilidade. Dessa forma, seriam construídos em grandes centros urbanos que abrigassem os moradores do frio, da chuva e outros revezes. Por enquanto, a ideia ainda não saiu do papel, mas a intenção é construir em breve com investimento governamental. Abaixo está uma imagem exemplificando a ideia desenvolvida pelos alunos.

Foto: Reprodução/FOLHA Uol
Foto: Reprodução/FOLHA Uol

E, se você tem interesse em colaborar de alguma forma, a ong ‘Apoio Solidário’ conta com o Instagram @apoio_solidario como sistema de contato para doações e voluntariado.

Com supervisão de Giovana Colela, jornalista do Meon Jovem.

Foto de abertura: Reprodução/FOLHA UOL

 

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