Os homens envelhecem mais rápido que as mulheres, mas a geração mais jovem está diminuindo a diferença

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Estudo investigou se existem diferenças no envelhecimento biológico entre homens e mulheres…

Rubens de Fraga Júnior*

No mundo ocidental, a expectativa de vida aumentou rapidamente no século XX, mas as mulheres ainda têm maior expectativa de vida do que os homens. Na Finlândia, as mulheres vivem em média cinco anos a mais do que os homens.

A diferença entre os sexos foi maior na década de 1970, quando a expectativa de vida ao nascer era quase 10 anos maior para as mulheres do que para os homens. No entanto, nas últimas décadas, essa lacuna diminuiu gradualmente. A diferença entre os sexos também pode ser vista no envelhecimento biológico, como revelou um estudo publicado recentemente no The Journals of Gerontology: Series A.  O estudo investigou se existem diferenças no envelhecimento biológico entre homens e mulheres e se as possíveis diferenças podem ser explicadas por fatores relacionados ao estilo de vida. Essas diferenças foram investigadas em adultos jovens e idosos.

Vários relógios epigenéticos foram usados ​​como medidas de envelhecimento biológico. Os relógios epigenéticos permitem estudar os fatores relacionados à expectativa de vida durante a vida de um indivíduo. Eles fornecem uma estimativa da idade biológica em anos usando os níveis de metilação do DNA determinados a partir de uma amostra de sangue.

“Descobrimos que os homens são biologicamente mais velhos do que as mulheres da mesma idade cronológica, e a diferença é consideravelmente maior nos participantes mais velhos”, diz Anna Kankaanpää, pesquisadora de doutorado do Centro de Pesquisa em Gerontologia e da Faculdade de Ciências do Esporte e da Saúde.

O tabagismo mais frequente entre os homens explicou a diferença de sexo no envelhecimento em gêmeos mais velhos, mas não em gêmeos adultos jovens. Além disso, o tamanho corporal maior dos homens explicou uma pequena parte da diferença entre os sexos em ambas as faixas etárias.
“Observamos uma diferença de sexo no ritmo de envelhecimento, que não foi explicada por fatores relacionados ao estilo de vida”, afirma Kankaanpää.
Os resultados ajudam a entender os comportamentos de estilo de vida e as diferenças sexuais relacionadas ao envelhecimento biológico e à expectativa de vida. Os dados sugerem que o declínio do tabagismo entre os homens explica em parte por que a diferença entre os sexos na expectativa de vida diminuiu nas últimas décadas.  A pesquisa foi realizada em colaboração com a Universidade de Jyväskylä e a Universidade de Helsinque. Os sujeitos eram gêmeos adultos mais jovens (21 a 42 anos) e mais velhos (50 a 76 anos) da coorte finlandesa de gêmeos. Fatores relacionados ao estilo de vida, incluindo educação, índice de massa corporal, tabagismo, uso de álcool e atividade física foram medidos por meio de questionários.  (fonte: assessoriadeimprensa/imagemhttps://www.freepik.com/author/lookstudio 

Fonte: Anna Kankaanpää et al, Do Epigenetic Clocks Provide Explanations for Sex Differences in Life Span? A Cross-Sectional Twin Study, The Journals of Gerontology: Series A (2021). DOI: 10.1093/gerona/glab337
 

**Rubens de Fraga Júnior é professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).

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