PROJETO ENVELHECER GINGANDO traz para a USP as diversas manifestações culturais ligadas à capoeira

Além de incentivar a sociabilidade e interação entre pessoas, no caso da professora Cláudia Lúcia de Moraes Forjaz, o esporte proporcionou uma troca de “funções”. Como livre-docente na Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP, ela ministrou aulas ao então estudante de Educação Física Vinicius Heine, que concluiu seu curso no ano de 2000. Hoje, aos 57 anos, como aluna de Vinicius, a docente integra o grupo Capoeira 50+ desde o início de 2024.

Sempre dedicada ao esporte, de forma geral, Cláudia foi bailarina clássica, atleta de vôlei e de handebol. “Aos 19 anos, aqui mesmo na USP, tive meu primeiro contato com a capoeira, quando cheguei a treinar com o mestre Gladson, que é mestre de Vinicius”, lembra Cláudia. “Somos uma família!”

Como especialista, a professora destaca que a capoeira traz benefícios a seus praticantes nos aspectos fisiológicos, biológicos e psicológicos.

Comprovadamente, quando envelhecemos, há perdas de massa muscular, da capacidade cardiorrespiratória e também o surgimento de problemas articulares.
Cláudia Forjaz

Ela pondera que a prática de qualquer esporte é benéfica, de modo geral, desde que de forma regular. A capoeira, como descreve Cláudia, possibilita força e flexibilidade, elementos essenciais para as pessoas com 50 anos ou mais. “Com a regularidade dos treinos, podemos perceber que ficamos mais ágeis, mais velozes e menos cansadas”, garante a docente.

Além disso, há o aspecto social, o respeito e a forte interação entre os praticantes da luta. “Não praticamos uma capoeira de competição, o que facilita a sociabilidade. Há o cuidado do mestre Vinicius para que cada aluno faça a atividade respeitando seus limites.”

Em dezembro de 2024, Cláudia recebeu sua primeira graduação na capoeira, quando ganhou a corda verde. Além disso, lembra que também aprendeu a tocar pandeiro.