Por: Wanderley Parizotto – economista
Historicamente, 60% das micro e pequenas empresas abertas no Brasil, não chegam ao quinto ano de vida ( IBGE).
58% das 11 milhões de MEIs existentes no país, não conseguiram pagar os impostos nos últimos 12 meses, que giram em torno de R$ 65,00 mensais.
Empreender está longe de ter uma ideia fantástica somente ou identificar uma grande oportunidade. É muito trabalho, todo dia.
Quando se tem uma empresa é preciso saber e conhecer as principais contas do negócio e entender os resultados através de um relatório chamado Demonstração de Resultados – DRE: Só assim, será possível saber se o negócio está realmente valendo a pena. Se dá lucro ou não. Vender muito não significa lucrar muito. Conta corrente bancária cheia não representa rentabilidade do negócio. Entender um DRE é essencial para o crescimento. O empreendedor precisa se dedicar ao aprendizado de conceitos econômico-financeiros, para ler corretamente os números da sua empresa e não não se surpreender negativamente em alguns momentos. Criar indicadores de produtividade e performance – KPIs.
Precificar produtos e serviços não é tão simples quanto aparenta. Não é simplesmente aplicar um percentual sobre o custo. Há débitos e créditos de impostos (dependendo do enquadramento da sua empresa), há custos ocultos no processo, perdas, retrabalho e etc.. É preciso muita atenção na hora de colocar o preço, para não ter prejuízos ou deixar de vender porque o preço está fora do praticado pelos concorrentes.
Não menos importante é ter um fluxo de caixa bem construído, para se ter uma fotografia real da situação e de caixa no dia, projetado para semana, mês e, dependendo do negócio, para prazos maiores. Assim, as correções poderão ser feitas para minorar problemas ou otimizar oportunidades.
Estabelecer metas e objetivos claros, discuti-los com a equipe. Monitora-los mensalmente e corrigir rotas, quando for o caso, a partir de um planejamento anual com receitas, despesas e investimentos e resultados esperados. (Budget).
Criar mecanismos confiáveis de avaliação de crédito do cliente, para evitar o máximo possível inadimplências.
Ter a visão de toda a cadeia de suprimentos para reduzir vulnerabilidades diante de fornecedores.
4- Olhar novas tecnologias sem preconceito
Esbanjar recursos com novos equipamentos, produtos e serviços tecnológicos, sem atender a real necessidade da empresa, pode traçar um caminho sem volta. Evitar modismos e procurar novas tecnologias que de fato gerem impacto positivo na sua prestação de serviços e/ou oferta de produtos, que aumentem a produtividade e contribuam para redução de custo, melhorando a rentabilidade do negócio é o objetivo do investimento em tecnologia.
Há muitas novas tecnologias direcionadas ao mundo corporativo. Identificar qual realmente irá te auxiliar a chegar aonde quer e bater cada vez mais metas deve ser a escolhida.
5 – Manter o quadro de colaboradores e reter talentos
Ter bons profissionais garante alta qualidade nos processos estabelecidos pela empresa. Eles são responsáveis pelo atendimento ao cliente, fornecedores e etc.
A sua equipe precisa ser composta por bons profissionais da área. E para manter esse time é preciso dedicação, além de outros fatores. Muitos pensam que oferecer um bom salário já basta.
Mas é preciso ir além. Boas condições de trabalho, treinamento constante, ferramentas adequadas de gestão, clima organizacional são muito relevantes para o crescimento do negócio. A equipe precisa se sentir protagonista. Ela é tão importante quanto o empreendedor.
E o mais importante, o coletivo da empresa precisa saber claramente o que ela quer e onde quer chegar, com metas e objetivos claros, budgets bem construídos e possíveis.
6- Ter autoconhecimento
É preciso se conhecer, até para saber se pode ou não ser empreendedor. Olhar-se com muita honestidade. Ver suas qualidades e defeitos, lacunas que necessitam ser preenchidas, competências existentes e aquelas que precisam ser desenvolvidas, entre outros. Como se vê em situações de extrema pressão. Tudo isso é fundamental para o seu sucesso.