Vozes Ancestrais é o tema do o evento (gratuito) que dialoga com as comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.
A cidade de São Paulo ganha mais uma festa literária, a FliCanga – Festa Literária do Cangaíba. A primeira edição acontece entre nos dias 08, 09 e 10 de novembro de 2022, no Teatro Flávio Império e entorno (Zona Leste de São Paulo). A programação – que traz o tema Vozes Ancestrais – dialoga com as comemorações do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922 e celebra os 30 anos de inauguração do Teatro Flávio Império.
Todas as atividades da FliCanga são gratuitas. Mesas de debate, saraus, apresentações de teatro e dança, slams, shows e feira de livros (durante todos os dias) fazem parte da programação em diferentes horários, nos três dias.
Com curadoria do educador e escritor Rodrigo Ciríaco, a FliCanga reúne mais de 80 artistas em sua programação, incluindo nomes consagrados no ramo da literatura (ancestral, periférica, ativista, inclusiva, diversa e brasileira).
Participam do evento: Kiusam de Oliveira, Oswaldo de Camargo, Jerá Guarani, Esmeralda Ribeiro, Trudruá Dorrico, Ferréz, Cristino Wapichana, Roberta Estrela D’Alva, Kimani, Cuti, Mel Duarte, Marcelino Freire, Bel Santos Mayer, Auritha Tabajara, Luz Ribeiro, entre outros, além de coletivos como Sarau do Binho, Sarau das Pretas, Slam da Guilhermina, Batakerê, SarauZim, Sarau da Brasa, Cia dos Inventivos, Sarau da Praga, Resistência Periférica e Semente Crioula, entre outros. Segundo o curador, Rodrigo Ciríaco, “foram realizadas parcerias com 36 escolas, de 10 diferentes Diretorias Regionais de Educação da Cidade. É esperado um público aproximado de 600 pessoas por dia, em sua maioria de estudantes das redes públicas de ensino Fundamental, Médio e EJA”.
FliCanga – Festa Literária do Cangaíba
Data: 08, 09 e 10 de novembro de 2022
Terça, quarta e quinta – vários horários
Programação gratuita.
Local: Teatro Flávio Império (e entorno)
Rua Prof. Alves Pedroso, 600 – Cangaíba (ZL). SP/SP.
PROGRAMAÇÃO
Teatro Flávio Império
08 de novembro (terça-feira)
10h – Sarau/crianças: SarauZim – Sarau Infantil
Com: Rodrigo Ciríaco e Mesquiteiros. Classificação: Livre.
SarauZim – Sarau Infantil é a festa da poesia para a garotada. Palco aberto, microfone nas mãos, crianças no centro como protagonistas da intervenção. Pode cantar, ler, recitar, brincar de trava-línguas, cirandar e dançar. De maneira espontânea, inclusiva e interativa, com muita brincadeira, lirismo e alegria.
14h – Espetáculo: Um Canto para Carolina
Com: Cia dos Inventivos. Classificação: Livre.
Um Canto para Carolina é espetáculo musical infanto-juvenil, livremente inspirado no livro-diário Quarto de despejo, de Carolina Maria de Jesus. Três irmãos recebem de presente o primeiro exemplar da publicação de um livro-diário escrito por sua mãe, Carolina. Mergulhados naqueles registros, revivem suas histórias de luta por uma vida melhor. Carolina Maria de Jesus, uma das mais importantes escritoras negras do Brasil.
16h – Diálogo: Infância e Ancestralidade: Diálogos Possíveis
Com: Kiusam de Oliveira e Cristino Wapichana. Mediação: Luz Ribeiro. Livre
Kiusam de Oliveira e Cristino Wapichana, dois importantes nomes da literatura infantil brasileira compartilham as suas produções, influências e a importância da ancestralidade em suas obras.
18h – Música: Semente Crioula
Com: Camila Freitas, Patrícia Alves e Queila Rodrigues. Participação: Ellen Rio Branco e Giu Lavorato. Classificação: Livre.
Semente Crioula traz para roda cocos autorais alinhavados pelo repertório de mestras que são suas referências e intercalados por intervenções poéticas durante toda apresentação. Sendo o Coco de Roda uma manifestação tradicional negra, indígena, nordestina e popular, um brinquedo, uma brincadeira de roda, o grupo convida à todas/es/os para que compartilhem dessa ‘ManiFestAção’ por meio de suas memórias ditas, cantadas, tocadas e dançadas coletivamente.
20h – Mesa de abertura: Vozes Ancestrais
Com: Esmeralda Ribeiro e Jerá Guarani. Mediação: Roberta Estrela D’Alva. Intervenções poéticas: Kimani. Classificação: 10 anos.
“Identidade / Qual é a sua? / Quem é você? / Seus pais? / E os pais de seus pais? / Qual a origem de sua cultura? / De onde vieram seus ancestrais?”. A partir dos versos do poema Diáspora, de Roberta Estrela D’Alva, a FliCanga convida Esmeralda Ribeiro (escritora e jornalista que faz parte da Geração Quilombhoje) e Jerá Guarani (líder indígena da aldeia Tenonde Porã, da etnia Guarani Mbyá) e para falar sobre ancestralidade negra e indígena.
12h, 15h e 18h – Intervenção: O Carro da Poesia – Poetas Ambulantes
Com: Carolina Peixoto, Jefferson Santana, Pam Araújo e Thiago Peixoto.
Atividade itinerante no entorno do Teatro Flávio Império. Classificação: Livre.
Inspirado nos carros que passam pelas ruas das periferias vendendo ovos, frutas, produtos de limpeza, entre outras coisas, O Carro da Poesia circula pelas quebradas levando poesia, com versos em áudios e distribuição de livros. Nesta intervenção, o grupo Poetas Ambulantes dá continuidade às suas atividades de intervenções urbanas, já reconhecida nos transportes públicos da capital.
09 de novembro (quarta-feira)
10h – Mesa: Quadrinhos e Diversidade
Com Ferréz e Mayra Sigwalt. Mediação: Sâmela Hidalgo. Intervenções poéticas: Ruthe Campos. Classificação: Livre.
Os escritores Ferréz e Mayra Sigwalt são convidados da FliCanga para falar sobre quadrinhos, diversidade e a importância destas produções para a nossa formação leitora e literária, principalmente nas periferias.
14h – Slam: Slam da Guilhermina
Com: Emerson Alcalde, Cristina Assunção, Uilian Chapéu e poetas convidades. Classificação: 10 anos.
Formado em fevereiro de 2012, o coletivo Slam da Guilhermina realiza edições de slam de poesia regularmente toda última sexta-feira do mês na praça anexa da estação Guilhermina-Esperança do metrô e também circula por outros espaços, bairros, cidades e até países. O evento tornou-se uma referência para a cidade, pois é o segundo Poetry Slam do Brasil e o primeiro a ser realizado na rua. Também é um dos eventos de poesia falada com maior número de público da cidade.
16h – Mesa: Vozes Ancestrais, Vozes Originárias
Com: Aline Franca e Truduá Dorrico. Mediação: Rodrigo Ciríaco. Intervenções poéticas: Queila Rodrigues. Classificação: Livre.
O que são as vozes originárias? Quais seus principais representantes na literatura e poesia brasileira? Qual a importância da ancestralidade na construção de nossas narrativas? Essas são algumas das questões que serão abordadas pelas convidadas especiais Aline Franca (escritora, negra) e Truduá Dorrico (escritora, indígena).
20h – Mesa: Raiz de Um Negro Brasileiro
Com: Oswaldo de Camargo. Mediação: Érica Peçanha. Intervenções poéticas: Mel Duarte. Classificação: 10 anos. Oswaldo de Camargo é poeta, ficcionista, crítico, historiador da literatura e um dos mais destacados escritores negros das últimas décadas, com dezenas de obras poéticas, literárias e de não-ficção publicadas. Oswaldo é convidado da FliCanga para partilhar seus saberes e histórias.
12h, 15h e 18h – Intervenção: O Carro da Poesia – Poetas Ambulantes
Com: Carolina Peixoto, Jefferson Santana, Pam Araújo e Thiago Peixoto.
Atividade itinerante no entorno do Teatro Flávio Império. Classificação: Livre.
Inspirado nos carros que passam pelas ruas das periferias vendendo ovos, frutas, produtos de limpeza, entre outras coisas, O Carro da Poesia circula pelas quebradas levando poesia, com versos em áudios e distribuição de livros. Nesta intervenção, o grupo Poetas Ambulantes dá continuidade às suas atividades de intervenções urbanas, já reconhecida nos transportes públicos da capital.
10 de novembro (quinta-feira)
10h – Intervenção: Sarau das Pretas
Com: Débora Garcia, Elizandra Souza, Jô Freitas e Taisson Ziggy. Classificação: 10 anos.
Sarau das Pretas propõe reflexões sobre a centralidade da poesia no processo de protagonismo, empoderamento, afetividade e humanização dos corpos negros na sociedade atual. Com um repertório de poemas e músicas autorais, a intervenção aborda as pautas que estão diretamente relacionadas aos estigmas sociais acerca dos corpos de mulheres e homens pretos.
15h – Mesa: Direito à Voz, Direito à Leitura
Com: Bel Santos Mayer e Marcelino Freire. Mediação: Marciano Ventura. Classificação: Livre.
O direito à leitura e à literatura é um dos pilares fundamentais para a garantia dos nossos direitos constitucionais e harmonização das nossas relações em sociedade. Nesta mesa, os escritores Bel Santos Mayer e Marcelino Freire partilham experiências e histórias, envolvendo seus trabalhos com a palavra.
16h – Mesa: Poéticas Negras Teatrais
Com: Lucélia Sérgio e Licko Turle. Mediação: Edson Souza. Intervenções poéticas: Eduardo Dialético. Classificação: Livre.
Quais os diálogos possíveis entre teatro, literatura e poesia? Como estes diálogos se relacionam com as questões da negritude, racismo e identidade? Experientes no teatro, Lucélia Sérgio (atriz, diretora, arte-educadora e cofundadora da Cia de Teatro Os Crespos) e Licko Turle (ator, diretor, professor, doutor em teatro, criador do Teatro do Oprimido junto com Augusto Boal) ajudam na reflexão sobre estas perguntas.
18h – Intervenção dança/música: Girança
Com: Grupo Batakerê. Classificação: Livre.
Girança é uma intervenção artística que expressa a beleza da música, da dança, das brincadeiras afro-brasileiras. São corpos políticos periféricos dando continuidade aos saberes ancestrais. A música vai ecoando, os corpos vão se manifestando, o povo vai se ‘achegando’, a roda se formando trazendo para perto as pessoas presentes. A cada parada, uma dança, uma música se conectando com o lugar.
20h – Sarau/encerramento: Vozes Ancestrais
Com: Cuti, Sarau do Binho, Alldry Eloise, Auritha Tabajara, Sarau da Brasa, Akins
Kintê, Dory de Oliveira e Diego Rbor. Classificação: 10 anos.
Nesse grande encontro, que marca o encerramento da primeira Festa Literária do Cangaíba, múltiplas vozes, tambores, performances, cantos e poéticas da nossa cidade vêm prestar sua homenagem à literatura e à nossa ancestralidade, saudando a luta e a resistência dos nossos antepassados e pedindo proteção e passagem para o futuro.
PROGRAMAÇÃO EXTERNA
Escolas públicas no entorno do Teatro Flávio Império
8 de novembro (terça-feira)
14h – E.E. República do Uruguai (R. Antônio Roberto de Almeida, 149 – Vila Buenos Aires)
Slam: Slam da Ponta: Batalha de Poesia
Com: Lucas Afonso, Mariana Felix, Bia Doxum, Igor Chico e Mensageiro. Classificação: 10 anos. Exclusivo para a escola.
O coletivo Slam da Ponta, comandado pelo poeta Lucas Afonso realiza mensalmente uma batalha de poesias na Zona Leste de São Paulo. Os poetas vencedores têm a possibilidade de concorrer a uma vaga para a competição estadual, no SLAM SP, que seleciona poetas para o SLAM BR e a Copa do Mundo de Poesia, realizada anualmente em Paris, na França.
9 de novembro (quarta-feira)
10h – E.M.E.F. Cecília Meireles (R. Frei Ricardo do Pilar, 60 – Cangaíba)
Sarau: Sarau Resistência Periférica
Com: Cleyton Mendes, Tayla Fernandes, Pedro Lucas, Paulo D’Auria e Cissa Lourenço. Classificação: 10 anos. Exclusivo para a escola.
O Sarau Resistência Periférica é formado por poetas e escritoras da cena de saraus e slams. Em mais de cinco anos de atividades, vários poetas e escritores/as foram convidados pelo coletivo Casa Poética / Biqueira Literária a se unirem em intervenções na qual apresentam textos e performances (individuais e em grupo) que refletem a resistência estética e literária das periferias.
10 de novembro (quinta-feira)
E.E. República do Haiti (R. Novo Oriente do Piaui, 230 – Vila Silvia)
Classificação: 10 anos. Exclusivo para a escola.
10h – Sarau: Sarau na Cozinha
Com: Andrio Cândido, Nathielly Janutte, Dosca, Endy, Jesú e Rebeka Caroline.
O Sarau na Cozinha é um projeto realizado pelo Marginaliaria, desde 2012. É um sarau multicultural que mistura arte, culinária e conversas apetitosas. Nesta atividade, o coletivo apresenta seu repertório próprio de músicas, poesias e contações de histórias.
14h – Sarau: Sarau da Praga
Com: Victor Rodrigues, Juliana Jesus, Warley Noua, Daisy Coelho e Laís Efstathiadis.
O Sarau da Praga é uma proposta de propagação, fomento e livre experimentação da poesia. Em atividade desde 2013, circula por escolas, praças, bibliotecas, casas de cultura, centros comunitários, feiras, CEUs, Sesc’s e demais espaços onde se juntem três ou mais pessoas em torno da prática da palavra e do pensamento artístico.
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