Por exemplo, a China, assim que conseguiu minorar os danos da pandemia em seu país, enviou profissionais e suprimentos médicos para a Itália. Isso não apaga o que houve e que segue acontecendo pelo mundo, só que é um alento. Um alento de que solidariedade, compaixão e empatia estão presentes em nossa essência. Trata-se de humanidade.
A pandemia nos convida ao exercício de verdadeira Cidadania Global, a repensar costumes e hábitos, a rever prioridades e a nos posicionarmos diante de desafios novos e isso nos colocará mais próximos de uma felicidade social. Decisões de impacto político, econômico e social estão sendo tomadas em uma velocidade inimaginável há poucos meses e certamente vão reverberar no período pós-pandemia.
A busca pela efetividade do Direito à Saúde faz com que esforços incomensuráveis sejam tomados. Saúde é questão de vida… e está evidente a interdependência dos Direitos Humanos, cada direito importa, cada vida conta… a luta pela vida está nos reaproximando ou nos aproximando ainda mais.
As estatísticas apontam quanto dinheiro já foi investido no combate à pandemia, só que o incomensurável passa por outros indicadores também: o trabalho grandioso de profissionais da saúde, de pesquisadores, de gestores políticos e, como não poderia deixar de ser, por todos e cada um de nós membros da sociedade global. Sim, o comportamento de cada ser neste momento conta.
Sejamos nós fonte de solidariedade, empatia, compaixão e serenidade… certamente isso nos gerará bem-estar e felicidade, talvez não afaste toda a preocupação e receio do que pode vir a acontecer, mas nos ajudará a sermos mais resilientes, sendo a resiliência a melhor companheira da felicidade.
No Dia Internacional da Felicidade, bem como em qualquer outra data, temos de ser realistas e reconhecer que felicidade não é constante, mas que tal, além de nos cuidarmos segundo os padrões orientados internacionalmente, emanarmos positividade e esperança de que vai passar? Acreditemos.
**Aline da Silva Freitas é professora de Direito Público da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.