Mal de Alzheimer, a maior tragédia sanitária brasileira!

Wanderley Parizotto -economista

São mais de 1,2 milhão de brasileiros acometidos pela doença. A cada ano novos 150 mil casos são diagnosticados.

A doença é devastadora para o paciente e familiares. Mas ela é silenciosa, fica restrita às famílias.

Suas consequências não atingem quem não convive com ela.

Com o rápido envelhecimento da população, logo o Brasil terá mais de 3 milhões de pessoas com a doença.

Ela desestrutura a vida da família. Alguém precisa cuidar do doente. Quem tem dinheiro contrata um cuidador profissional ou o interna em uma clínica.

Porém, num país tão desigual como é Brasil, a imensa maioria precisa cuidar em casa e o cuidador é algum parente próximo, que não tem nenhum preparo técnico e apoio psicológico.

Não há na estrutura pública de saúde, nenhum programa de treinamento para cuidadores não profissionais e amparo psicológico.

O parente que vira cuidador, quase sempre larga tudo: emprego, sua rotina, sua própria vida, para cuidar.

A tragédia simplesmente não é vista. É ignorada pelo poder público.

Não há vontade política para enfrentar a questão em todos os aspectos: diagnóstico prévio, mecanismos de retardar a chegada da doença e mitigar seus efeitos, treinar parentes que se veem obrigados a cuidar, campanhas para esclarecer e orientar sobre o Alzheimer e etc.

Mais uma crueldade do Brasil com os velhos. Mas quem liga? São velhos né?

Imagem de abertura: FOTER

ana.vargas@portalplena.com | Website |  + posts

Jornalista com experiência sobretudo em redação de textos variados - de meio ambiente à saúde; de temas sociais à política e urbanismo. Experiência no mercado editorial: pesquisa e redação de livros com focos diversos; acompanhamento do processo editorial (preparação de textos, revisão etc.); Assistência editorial free lancer. Revisora Free Lancer das editoras Planeta; Universo dos Livros e Alta Books. Semifinalista do Prêmio Oceanos 2020.

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