Sua avó faz mais sexo que você: entenda como o sexo na maturidade está cada vez mais em evidência

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Graças aos avanços da medicina e da mudança de mentalidade, o número de idosos sexualmente ativos aumenta a cada dia

Alcindo Batista

Você sabia que na maturidade também se faz sexo? Só para ilustrar, pessoas com 60 anos ou mais têm, em média, uma relação sexual por semana, segundo levantamento da Universidade de Michigan, EUA. Além disso, 46% dos entrevistados de 65 a 70 anos afirmaram ser sexualmente ativos.

Por outro lado, os jovens têm feito menos sexo. Dados do Instituto Karolinska, em Estocolmo, na Suécia, e pelo Departamento de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis, nos Estados Unidos apontam que 31% dos homens e 19% das mulheres entre 18 e 24 anos disseram não ter tido relações nos 12 meses anteriores ao inquérito.

Diante disso, uma coisa é certa: a máxima de velhice assexuada caiu por terra. Essa conquista da vida sexual mais longa pode ser considerada recente, graças ao avanço da medicina e mudança de mentalidade. Por outro lado, o fato do assunto ser um tabu para grande parte da sociedade não é novidade.

Sexualidade na fase dos ‘enta’: um tabu a ser quebrado

Muita gente acredita que a vida sexual termina após os 60, imaginando que os idosos servem apenas para cuidar dos netos e cozinhar, por exemplo. Porém, a realidade é bem diferente, como mostram os dados acima.

Mesmo com alterações fisiológicas, corporais e emocionais típicas da idade, ainda é possível ter ótimas experiências sexuais. Afinal, o sexo é mais do que a tradicional penetração.

Vale destacar que o assunto também é um tabu entre os mais velhos. Seja por questões religiosas, estereótipos, preconceitos de outros membros do círculo de convivência e até mesmo pelo fato de acreditar que o sexo serve apenas para procriar.

Felizmente esses pensamentos ultrapassados estão sendo deixados para trás. Claro, ainda existe forte resistência em relação ao assunto. Mas as coisas parecem estar mudando.

O que levou as pessoas a discutirem mais sobre sexualidade na chamada ‘terceira idade’?

Dados divulgados pelas Nações Unidas revelam que a população com 65 anos ou mais corresponde a cerca de 700 milhões de pessoas em todo o mundo. A organização acredita que o número pode alcançar a marca de 1,5 bilhão até o ano de 2050.  Ou seja, a sociedade será composta por cada vez mais idosos. Isso se dá pela evolução constante da medicina, que garante maior qualidade e prolonga a vida das pessoas. No Brasil, a expectativa de vida saltou de 76,8 anos para 77 anos, conforme divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Como resultado, o debate sobre atividades sexuais na melhor idade naturalmente irá aumentar. Junto a isso, a facilidade ao acesso à informação também contribui para a discussão.  Afinal, a ausência de educação sexual entre os membros dessa faixa etária é um dos fatores centrais para a formação do tabu. A desinformação serve apenas para alimentar mitos, transmitindo a sensação de que o sexo entre idosos não existe ou é errado.

Benefícios do sexo na fase dos ‘enta’

Já é de conhecimento que o sexo faz bem para a saúde física e mental. Não apenas aos jovens e adultos, como também aos sexagenários.

“O sexo proporciona um estado de bem-estar e tem muita influência a nível físico: para o sistema circulatório, para o coração, para diminuir o nível de estresse”, afirma Miren Larrazabal, presidente da Sociedade Internacional de Especialistas em Sexologia ao jornal O Globo.

Relações sexuais são um santo remédio contra a dor. A endorfina, liberada durante a prática, tem o poder de aliviar as dores como uma espécie de analgésico. O pico de liberação acontece em meio ao orgasmo. A soma da endorfina com a ocitocina, que também é produzida no decorrer do ato sexual, pode amenizar dores crônicas na cabeça e juntas, como creem alguns especialistas no assunto.

Relações sexuais também contribuem para a boa lubrificação da vagina, que se torna mais seca com a queda de estrogênio com a chegada da menopausa. As mulheres que se mantêm ativas sexualmente após esse período podem reduzir a probabilidade de atrofia genital. Para estes casos, além da prática sexual, é recomendado o uso diário de hidrantes íntimos, facilmente encontrados em sex shops, para evitar o ressecamento da vagina.

Além disso, o estresse é amenizado graças ao sexo. Um estudo da Universidade de Paisley, Escócia, aponta que pessoas sexualmente ativas respondem melhor a cenários estressantes.

O sexo também afeta positivamente o sono, pois o que é feito entre quatro paredes ajuda no relaxamento dos músculos. “A relação favorece o relaxamento muscular. O sono costuma vir depressa depois de um sexo mais vibrante”, assegura Celso Marzano, urologista e terapeuta sexual, em uma entrevista à revista Veja.

Portanto, fica claro que o sexo também na maturidade traz uma série de benefícios. E não deve ser considerado como tabu. Pelo contrário, o assunto deve ser encarado com naturalidade, pois a sexualidade faz parte da vida de todos. (fonte assessoria de imprensa/imagem https://www.freepik.com/author/freepik)

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