Quais exames uma mulher que chegou aos 40 anos precisa fazer?

Estes  exames estão relacionados, sobretudo, à prevenção, algo que devemos ter em mente sempre, para além do outubro rosa.

*Por Rodrigo Ferrarese

Quando uma mulher chega aos quarenta anos de idade, deve ter em mente que exames como a mamografia, são fundamentais, contudo, outros exames são igualmente importantes para que se possa diagnosticar (precocemente), acompanhar e prevenir também outras doenças.

Apesar do câncer de mama ser o mais frequente entre as mulheres (depois do câncer de pele), a atenção não deve estar focada somente para este tipo. Outras ocorrências também são bastante comuns, como por exemplo, aquelas que acometem o colo do útero, do estômago e do intestino.

A mamografia é só um dos exames

Porém, ao não se atentar para essas doenças, uma mulher pode ter a mamografia em dia e, de repente, passar por um infarto agudo ou um acidente vascular cerebral (AVC). Isso porque todas se assustam com  doenças como o câncer, mas não se preocupam com a principal causa de morte no mundo: as doenças cardiovasculares.

Assim, com a finalidade de orientar sobre os cuidados que uma mulher desta faixa etária deve ter com sua saúde, ressalto aqui quais são os exames mais importantes.

Claro que a escolha dos procedimentos só deverá ocorrer após uma avaliação clínica individual, aqui apresento  apenas algumas sugestões para esclarecer a importância de cada um deles.

Exames mais importantes

O exame colpocitológico, conhecido como papanicolau, é fundamental para diminuir a incidência do câncer do colo uterino. Ele detecta algumas alterações nesta região antes de elas virarem câncer.

Hoje, existem algumas opções mais modernas de exames, como a captura híbrida de HPV e a genotipagem do HPV, cujas intenções são similares, mas o bom e velho “papa” já ajuda bastante!

Para as mulheres de 40 que já entraram na menopausa, exames como a densitometria óssea são importantes para identificar alterações na composição do osso, como por exemplo osteopenia ou osteoporose. Com isso, é possível realizar um acompanhamento melhor para evitar fraturas na terceira idade. Ainda para aquelas no climatério, um perfil hormonal ajuda a entender melhor essa fase e orienta sobre como é possível aliviar estes  sintomas.

Outro exame que pode ser solicitado nessa faixa etária, sendo mais comum esse tipo de solicitação ocorrer para pacientes após os 50 anos, é a colonoscopia. Através deste procedimento é possível localizar lesões, como pólipos intestinais que caso não forem retirados, podem causar o câncer colorretal. Uma alternativa mais fácil, porém, não a ideal, é a pesquisa de sangue oculto nas fezes.

Fique atenta também aos exames laboratoriais

Alguns exames laboratoriais são fundamentais, como por exemplo, a glicemia (para diagnosticar diabetes) e colesterol total e suas subdivisões. Quando há diabetes ou dislipidemia, o risco de doença cardiovascular aumenta.

Para as fumantes, indica-se fazer um Raio-X do tórax, que permitirá visualizar possíveis alterações pulmonares. Já para as portadoras de diabetes, dislipidemia ou hipertensão, entre os exames a serem feitos deve estar um eletrocardiograma, que permite checar como está o coração.

As ultrassonografias, incluindo a transvaginal, não são indicadas de forma rotineira. No entanto, se forem feitas, permitem uma avaliação da área em específico, sem riscos associados ao exame.

Mas, atenção: o ultrassom de mamas não substitui a mamografia!

Tanto para o câncer como para as doenças cardiovasculares, o mais importante é a prevenção primária.

Já está comprovado que uma vida saudável, com sono em dia, atividades físicas constantes e alimentação adequada, podem afastar essas enfermidades. Além, claro, de cessar o tabagismo.

É muito mais difícil tratar uma doença quando ela aparece. Assim, vamos cuidar de suas causas para dificultar o seu aparecimento. E fazer exames para acompanhar e identificar qualquer anomalia precocemente.

Sobre Dr. Rodrigo Ferrarese

Rodrigo Ferrarese é  formado pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. Fez residência médica em São Paulo, em ginecologia e obstetrícia no Hospital do Servidor Público Estadual. 

fonte – assessoria de imprensa/foto – pixabay/Rachel Scott

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