Veneno: a cada dois dias um brasileiro morre por intoxicação com agrotóxico

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Da redação:

Levantamento da rede Friedns of the Earth Europe revela que 20% das mortes são de crianças e adolescentes com até 19 anos. Desde o início de seu desgoverno, Bolsonaro liberou mais de 1600 agrotóxicos.

Com mais de 1.600 agrotóxicos liberados por Bolsonaro, a mesa do brasileiro repleta de veneno resulta na morte de um compatriota a cada dois dias. E o mais grave: pelo menos 20% das vítimas por intoxicação com agrotóxicos no Brasil são crianças e adolescentes com até 19 anos.

O levantamento, realizado pela rede ambientalista Friends of the Earth Europe, mapeou a relação entre o lobby do agronegócio no país e as empresas agroquímicas europeias.

Conforme o estudo, essas empresas se beneficiam do enfraquecimento de regulamentações ambientais e da liberação de uso de agrotóxicos, impulsionados por Bolsonaro.

Em fevereiro, a Câmara dos Deputados aprovou o PL do Veneno (PL 6299/2002) por 301 votos, mesmo com voto contrário do Partido dos Trabalhadores. Com a flexibilização do uso de agrotóxicos proibidos em diversos países, por serem considerados cancerígenos, perigosos e nocivos à saúde humana, a vida do povo brasileiro está em risco.

Atualmente, a liberação depende do Ministério da Agricultura. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA), que antes participavam da avaliação dos agrotóxicos, terão apenas papel consultivo.

Instituições da ONU alertaram que o nível de uso de agrotóxicos no Brasil está causando sérios impactos nos direitos humanos, destacando que “vítimas justificadamente alegam mortes, problemas de saúde, assim como tratamento cruel, desumano e degradante como resultado da exposição a agrotóxicos”.

Durante sua visita ao Brasil em 2019, o relator especial das Nações Unidas em direitos humanos e produtos tóxicos mostrou preocupação quanto à situação dos povos indígenas, cujos direitos humanos são violados e abusados pela expansão agrícola e pela pulverização deliberada de pesticidas tóxicos em suas terras e casas, com relatos de agrotóxicos sendo usados como “armas químicas” e crianças expostas em casa, na escola e no trabalho.

Apoio ao lobby

O estudo da rede ambientalista também revela que foram gastos 2 milhões de euros em apoio ao lobby do agronegócio no Brasil. No documento, os dados afirmam que o uso de agrotóxicos no país multiplicou seis vezes nos últimos anos.

“Juntas, Bayer e BASF [empresas da Europa] tiveram 45 novos agrotóxicos aprovados nos últimos três anos, sendo que 19 deles contêm substâncias proibidas na União Europeia”, consta no levantamento.

Em 2021, o Brasil atingiu o número recorde de 562 novos pesticidas aprovados, de acordo com o Diário Oficial da União. 

Imagem de abertura: Reprodução internet

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