Cuidando de quem cuida – Uma editoria criada para VOCÊ cuidador familiar ou profissional

Se você tem uma dúvida, precisa de um ‘conselho’: envie para nós!

O Portal Plena sempre recebe mensagens de cuidadores (familiares e profissionais) que perguntam como devem agir diante da (em muitos casos, literal) exploração a que são submetidos em seus ambientes de trabalho. Geralmente, trata-se de pessoas que foram contratadas para cuidar de um idoso e que se veem ‘obrigadas’, sob o risco da demissão, a fazer trabalhos domésticos que não foram  combinados antes.

Neste caso, como agir?

Para responder esta e outras dúvidas, criamos em parceria com a  Berna Almeida, diretora do Instituto Berna Almeida, este canal para que você, cuidador/cuidadora, envie suas perguntas. Como a maioria das mensagens que recebemos se relaciona ao excesso de tarefas às quais são submetidos pelos empregadores, esta primeira resposta da Berna é uma ‘carta aberta’ e  genérica a todos (e todas) que vivenciam isto diariamente e não sabem como agir.

Você cuidador/cuidadora é muito  bem vindo (a) e lembre-se: se tiver uma dúvida ou questionamento, escreva para nós que encaminharemos pra Berna Almeida. Envie sua mensagem para

co*****@po*********.com











ou

an********@po*********.com











e coloque no assunto ‘Cuidando de quem cuida’. Caso você queira, sua identidade será preservada.

Carta Aberta aos Cuidadores/Cuidadoras Profissionais

Caro cuidador (a):

Sinto muito pela situação que você está passando.

Infelizmente, as dificuldades da vida nos apossam e muitas vezes não conseguimos enxergar um caminho mas,  quero te dizer o seguinte: é  preciso tomar muito cuidado com os acordos quando vamos trabalhar.

Primeiro,  em relação à  carteira de trabalho, esta precisa ser assinada e, caso não seja, é preciso fazer um contrato com  cláusulas que estabeleçam quais tarefas devem ser  feitas. Assim, nada do que foi previamente combinado poderá ser reclamado depois.

Segundo: cuidador não limpa quintal, não lava nem passa roupas,  não cozinha SE,  durante a entrevista e na elaboração do contrato, isto não foi acertado. Portanto, se você está fazendo além do que foi combinado, dará abertura para que mais tarefas semelhantes sejam atribuídas a você.

Terceiro: limites somos nós que estabelecemos. Assim, se você  permitir, a exploração se dará na primeira vez, e virá a segunda, a terceira… e assim por diante.

É bom lembrar, embora pareça redundante, que DEVE EXISTIR  um horário de entrada e saída e  isto precisa ser respeitado. Outro ponto muito importante é que não  devemos misturar as coisas: se você têm  filhos para  sustentar, isso de forma alguma pode se tornar motivo para deixar  que seus empregadores imponham tarefas que NÃO FORAM COMBINADAS ANTES.

Não permita que isto aconteça,   valorize-se   como profissional. Não se permita ser diminuído (a) em razão dos  problemas que surgirem em seu ambiente de trabalho. Se você foi contratado (a)  para cuidar de um idoso ou idosa, se isto é o que foi acordado, é isto que você deve fazer.

Para terminar, um conselho: corte de uma vez por todas qualquer tentativa (dos empregadores) em transformar você em empregado (a) doméstica(a). Faça isso tão logo aconteça a primeira tentativa de exploração antes que você  tenha que pagar alguém para cuidar dos seus filhos (caso os tenha)! Sim, pois, caso permita, logo  ficará doente porque já se sabe que profissionais que sofrem constantes abusos e assédios adoecem! Não permita que isso ocorra com você. Para cuidar de alguém é preciso antes cuidar-se!

Um abraço e bom trabalho, da Berna Almeida

Quem é Berna Almeida

A Berna  se envolveu tanto com os cuidados em torno da doença de sua mãe que os transformou em projetos de vida. Hoje ela dirige o Instituto Berna Almeida e também está presente nas redes sociais nos endereços: https://www.facebook.com/institutobernalmeida/   

https://www.facebook.com/groups/umsujeitochamadoalzheimer/

https://www.facebook.com/Sementes-Solid%C3%A1rias-280065042918539/

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