“Fenômeno Raynaud”: saiba mais sobre condição que se agrava com a chegada do inverno

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Muitas vezes confundida com outras ‘doenças’ e até mesmo com alergias, caso não seja tratada, condição  pode levar até a  necrose e perda dos membros como mãos e pés. Especialista explica como diagnosticar e tratar.
Entre as muitas condições que se intensificam durante o inverno, o “fenômeno de Raynaud”, que não é de fato uma doença, ocorre devido à vasoconstrição periférica, e acomete principalmente extremidades como as mãos e os pés.
Segundo a Dra. Renata Miossi, reumatologista do Grupo CITA*,  este fenômeno tem como principal fator desencadeante as baixas temperaturas mas pode  acontecer também em situações de estresse e ansiedade.
“Durante os episódios de Raynaud, os pacientes apresentam a alteração da coloração das extremidades, que ficam pálidas, cianóticas e, depois, apresentam um rubor na fase de reperfusão, podendo haver também formigamento, diminuição da sensibilidade ou até mesmo dor, aspectos que dependem de sua intensidade”, explica a reumatologista.
O Fenômeno de Raynaud é dividido em duas fases: primário e secundário. No primário, os vasos sanguíneos não exibem uma doença nem uma alteração estrutural, mas, sim, uma alteração funcional com maior sensibilidade ao frio, cujos sintomas costumam ser mais leves. Geralmente afeta  mulheres jovens (entre 15 e 30 anos) que podem possuir histórico familiar.  Neste caso, também há prevalência ede 3% a 20% (taxa que depende da população estudada), é benigno, geralmente trifásico (apresentando fases de palidez, cianose e rubor), de início súbito, possui curta duração e raramente requer medicação para controle.
Fases do fenômeno de Raynaud – (imagem PortalPed)
Já a fase secundária acontece quando já existe alguma doença reumatológica autoimune sistêmica, sendo que as mais comuns são a esclerose sistêmica, a doença mista do tecido conjuntivo e a dermatomiosite. Neste caso, o  fenômeno de vasoconstrição é mais grave, pode levar ao surgimento de úlceras e feridas nas extremidades e requer mudanças comportamentais como evitar o frio e manter-se bem aquecido, além do tratamento medicamentoso com os vasodilatadores.
Para confirmar o diagnóstico é muito importante que haja a avaliação de um médico reumatologista e a realização de exames específicos como a Capilaroscopia Periungueal, que consiste em método simples e não invasivo para avaliação da microcirculação e  auxilia na diferenciação entre o Fenômeno de Raynaud secundário e  primário. Neste último, o exame é normal; já no secundário, há alterações específicas nos vasos estudados que ficam ao redor das cutículas das mãos e se chamam capilares.
Imagem mostra vários momentos associados ao fenômeno de Raynaud. (fotos divulgadas pelo site esclerodermiaeuconvivo)
Ressalte-se que  Capilaroscopia Periungueal ganhou mais importância  a partir de 2013, quando as alterações nos capilares do leito ungueal passaram a fazer parte dos Critérios Classificatórios ACR EULAR para a Esclerose Sistêmica.
Desde então, o seu uso está cada vez mais difundido, entretanto, são raros os locais em São Paulo que realizam esse exame e a Quíron Reumatologia, do Grupo CITA está entre eles.
“Aqui na clínica fazemos a Capilaroscopia Periungeual, que é um exame extremamente útil não só para auxílio diagnóstico, mas também para sugerir prognóstico no caso da Esclerose Sistêmica e para o seguimento no caso da Dermatomiosite”, diz Renata Miossi,  que faz parte do corpo clínico do Grupo CITA e possui ampla experiência em Capilaroscopia. “E quando diagnosticado é importante o acompanhamento rigoroso com um médico reumatologista, principalmente nos períodos mais frios do ano, como o outono e o inverno, pois em casos mais graves existe o risco de formar feridas com necrose, podendo, inclusive, causar a perda do membro”, alerta a doutora.
*Serviços*
Grupo CITA em São Paulo
Av. 09 de Julho, 3755 – Jardim Paulista – São Paulo – SP Telefone: (11) 94191-9911

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