Alzheimer, pandemia, eu e Deus – Carta de um leitor

Por que as igrejas devem abrir? Não há algum  sentido neste momento. 
Sou leitor do Portal Plena, e as informações que leio  me ajudaram e ajudam muito na minha vida recente.
Resolvi escrever para os cristãos, de qualquer religião, sobre  minha experiência. Muito obrigado.

Tenho 83 anos e sou religioso desde o nascimento. Meus pais eram evangélicos. Eu também. Sempre frequentei a igreja.  Minha companheira de 59 anos, há 12 convive com a doença de  Alzheimer.
Quando foi diagnosticada, foi um baque. Mas eu sabia que Deus  me ajudaria.
Como somente eu poderia cuidar dela, passei a me cuidar em dobro, com muita fé.

Pois sabia que não poderia ter grandes problemas de  saúde.

Quem cuidaria da minha mulher? Meu filho não mora no mesmo estado e tem a vida dele.  E também não queria que outra pessoa o fizesse.
Com Deus, fui conseguindo cuidar de mim e dela. Muito difícil.
Em diversos momentos questionei minha própria fé. Mas Deus me trouxe de volta, sempre. E também tive, e tenho, o apoio e orações dos irmãos.
Em todo este tempo minha companheira me acompanhou à  Igreja.
Quando chegou esta pandemia e, depois, a quarentena, resolvi não sair mais de casa para nada. Não podia ficar internado. Ela  precisa de mim.
No início foi muito difícil, a Igreja me fazia muita falta. Mas apeguei-me à Deus e à Bíblia mais do que nunca.
Hoje tenho certeza que não preciso estar na Igreja. Não ir à Igreja é respeitar a vida e Deus.

Deus está contigo e a Bíblia diz: 

‘Não fui eu que ordenei a você? Seja forte e corajoso! Não se apavore nem desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar’. Josué 1:9

**Nosso leitor pediu para que sua identidade não fosse revelada, para manter a tranquilidade na sua casa dado ao estado da sua mulher.

foto de abertura: pixabay/pexels

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