Franqueza, conversas de ‘igual para igual’: veja como falar com idosos sobre a necessidade da quarentena

Conversa franca explicando a situação, evitar infantilização e ajudar na elaboração de projetos são algumas das orientações de especialista do Senac São Paulo

Com os idosos considerados como grupo de risco pelos especialistas e órgãos de saúde, já que *15% dos casos precisam de internação, e ainda quando há comorbidades  asma, diabetes, hipertensãodoenças do coração, pulmão e rins, doenças neurológicas, em tratamento para câncer, portadores de imunossupressão, entre outras , a atenção deve ser redobrada e o isolamento social é necessário.

É fato que o confinamento protege da Covid-19, mas pode afetar a saúde mental e gerar instabilidade emocional. De acordo com Karen Elise de Campos, especialista do Senac São Paulo, a melhor alternativa para a situação é dar instruções sobre a importância do isolamento social com atenção e carinho, reforçando que a nova rotina pode se estender. O modo como a explicação é dada pode fazer a diferença na assimilação.

“Os hábitos da maioria dos idosos é ir a estabelecimentos próximos de sua residência, como a padaria, o mercado e a farmácia. Nesses locais, eles têm as próprias redes de convívio e conversas diárias, criando momentos de proximidade”, exemplifica a docente.

O contexto atual interrompeu a rotina, fazendo com que a população idosa redimensione a noção do tempo. E é nvácuo de inatividade que podem surgir quadros de depressão e ansiedade. Confira três dicas da docente Karen Elise de Campos para preservar também a saúde mental da terceira idade:

• Tenha uma conversa sincera e de igual para igual: a conscientização pode ser feita a partir de troca de informações entre ambos. O cuidador pode perguntar ao idoso quais os conhecimentos dele sobre a doença e suas consequências.

Evite infantilizar o idoso: o principal cuidado tem que ser o modo de transmitir a mensagem. Evite mensagens como “eu já falei que não pode sair” e “porque não”, normalmente utilizadas com crianças, pois o efeito acaba sendo negativo. “O idoso pode começar a questionar o motivo de outra pessoa da casa ter permissão para ir em locais de comércio essencial, como mercado, e ele não, já que essa pessoa pode trazer o vírus para casa”, comenta Karen. Nesse caso, explique a situação e os motivos com muita clareza, reforçando os protocolos exigidos de proteção.

• Crie projetos para ele desenvolver: é importante trazer alguma atividade que ocupe a rotina deles. Projetos com processos que tenham começo, meio e fim são ótimos para desenvolverem as habilidades que estão acostumados a fazer, como corte e costura, marcenaria ou ações ligadas à gastronomia. Outra possibilidade é organizar junto com o idoso registros ligados a memória autobiográfica deles e da família.

fonte: assessoria de imprensa/foto pixabay/pexels

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