Wanderley Parizotto – economista
Toda a polêmica que cerca a vacina Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan em conjunto com a farmacêutica chinesa Sinovac gerou desconfiança e dúvidas.
Entretanto a explicação da sua eficácia, 50,38%, é bastante simples. Resumindo:
– Suponha uma cidade com 1000 habitantes e que todos sejam vacinados.
Destes, 50,38%, 504 habitantes, arredondando conta, estarão totalmente imunizados. Isto é, poderão contrair o vírus, mas o vírus não conseguirá se reproduzir dentro do corpo e tão pouco causará algum mal ao organismo.
Os 496 habitantes restantes, poderão contrair o vírus, mas nenhum terá problemas graves.
78%, 387 habitantes, terão somente sintomas leves. Febre baixa, uma dorzinha, enfim. Não precisarão de hospitais, respiradores, UTIs e etc. Os demais poderão contrair o vírus, mas serão assintomáticos.
Importante sublinhar que, mesmo sendo vacinados, os 1000 habitantes poderão transmitir o vírus para moradores de cidades vizinhas. Assim, todos os cuidados que teoricamente tomamos hoje, uso de máscara, distanciamento e outros deverão continuar até o dia que a ciência nos livre disso.
A Coronavac não tem efeitos colaterais sérios a não ser aqueles que já conhecemos quando tomamos qualquer outra vacina.