Caminhos profissionais para os 50+ no mercado de trabalho

Seminário em Porto Alegre debate processos de envelhecimento da sociedade

 

Até 2050, segundo projeções do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira com 60 anos ou mais vai triplicar e o Brasil se tornará o 6º país mais velho do mundo, de acordo com a World Population Ageing, ficando na frente de todos os países desenvolvidos.

A estimativa é resultado de um processo de “amadurecimento” que estamos vivendo, mas que a sociedade ainda não aprendeu a lidar. Você sabia, por exemplo, que os 60+ são responsáveis por 22% do consumo no País, ou seja, movimentam mais de R$ 1,8 trilhão?

   Estima-se que a economia e o consumo de pessoas acima dos 50 anos represente a terceira maior atividade econômica do mundo. Muitas empresas também não se deram conta deste processo e prova disso é que o percentual de pessoas acima de 60 anos no mercado de trabalho, ainda que venha crescendo, é de apenas 7,9% segundo o IBGE. – apenas 26% têm carteira assinada. A maior parte ainda está na informalidade ou em ocupações por conta própria.

    “É preciso se questionar: o que eu quero, o que eu gosto, o que faz sentido pra mim nessa fase da minha vida? Autoconhecimento é imprescindível para se manter ativo. É preciso se reinventar e não ficar preso apenas ao mercado de trabalho formal. A informalidade está ganhando espaço e é o novo meio de prestação de serviços e produção de renda”, explica Mórris Litvak (foto de abertura), fundador da plataforma digital de empregos MaturiJobs, que busca auxiliar adultos maduros que desejam se manter ativos no mercado de trabalho.

    Idealizador do projeto Conectando Gerações, que visa reintegrar idosos solitários à sociedade através de conversas via internet com voluntários de todo o país, Mórris foi um dos palestrantes convidados do seminário gratuito “De Repente 60+”, realizado em Porto Alegre pela ONG Parceiros Voluntários. De acordo com ele, as estatísticas mostram que em 2040, mais de 50% da força de trabalho no país vai ser composta por pessoas com mais de 45 anos. “Hoje nossa sociedade é composta por um grande número de adultos maduros ‘nem nem’, que não estão trabalhando, nem estão aposentados. Isso gera depressão, insegurança. O País está mudando e é preciso que esteja. Em breve os 50, 60+ estarão prestando seus serviços por toda parte” comentou.

 

Marina Fonseca, fundadora da Pipe.Social e responsável pela pesquisa Tsunami60+ durante o seminário. Em sua apresentação, ela abordou o tema ‘Tendências e Oportunidades de Negócios na Economia Prateada’ ao lado da colega Layla Vallias.

    O “De Repente 60+” foi realizado ao longo dos dias 8 e 9 de agosto no auditório da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs). Centenas de pessoas passaram pelo evento, que foi aberto com apresentação de dança da Associação Cultural Amigos Para Sempre (Acaps).

    O evento conta com patrocínio da Gerdau, Instituto Lojas Renner, PWC, Smiles e Sulgás. O Conselho Municipal do Idoso de Porto Alegre (Comui) também apoia o seminário.

Fonte: Assessoria de Imprensa/fotos –  divulgação

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