Guilherme Arantes desabafa sobre a ‘proibição’ de envelhecer e pergunta: “Qual é o problema em viver?”

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O desabafo foi feito após o comentário de uma pessoa sobre sua velhice… 
Aparentemente, envelhecer é um ‘crime’ bastante grave porque todos os dias uma celebridade vem a público se posicionar sobre seu ‘direito’ a envelhecer e ficar ‘de boa’ com isso. 
Agora chegou a vez do grande cantor e compositor brasileiro, Guilherme Arantes, autor de inúmeras músicas que marcaram o imaginário de todos nós.
Músicas de qualidade inegável que todos nós (que temos bom gosto, é claro rs) guardamos na memória.
Mas, pelo visto, algumas pessoas por ingenuidade, má fé ou jocosidade mesmo, ainda acham que envelhecer é uma ‘coisa’ que não pega bem!
Como se fosse possível deter o tempo…
Vejam o que o Guilherme Arantes escreveu ao ser ‘questionado’ por um fã:
Diante de um vídeo meu, onde estou cantando ‘Pedacinhos’ na televisão, em 1983 , com 30 anos de idade, uma pessoa querida, que se diz fã, coloca a seguinte observação :
“Parece neto do Guilherme de hoje.”
Hoje, este Guilherme parece avô dele mesmo naquela época. 
Ora, Que constatação óbvia, as pessoas gostam de ser brincalhonas.
Hoje, perto dos 70 anos, eu seria avô de mim mesmo, com 30. Ou eu era novinho demais para a idade na época , ou hoje eu estou velho demais para a minha idade atual. Será ?
Qual é o problema em viver ?
É importante isso, a embalagem, a carcaça ?
Nunca está bom para o mundo ?
Quando fica bom para o mundo ?
Ah… Quando morremos com 27 como manda o figurino do starsystem ?
Então naquela época, com 30, eu já estava deixando muito a desejar, com morte atrasada ?
Não é notável que aos 30 eu estivesse fazendo e cantando, aliás desde a primeira canção, com 22, aliás composta aos 15 anos, e ao longo de mais de meio século, toda uma torrente até hoje interminável, inesgotável de músicas perfeitas para qualquer idade e qualquer tempo ou época, da miserabilidade humana no tempo e no espaço ?
Dá prazer ficar fazendo pouco da passagem do tempo dos outros ?
Ou alivia a própria sensação de fragilidade de quem fala essas coisas ?
Quando éramos jovens, conseguindo fama e glórias, e principalmente, conquistamos com isso a admiração e o coração das pessoas, parece que alguns armazenam esse rancor, para depois, um dia, devolverem em forma de observações jocosas, do tipo : “Hoje ele parece avô dele mesmo…”
Mas não é natural que todo mundo que insiste em continuar vivo… acabe se parecendo avô do que se foi um dia ?
Que confusão na minha cabeça , agora deu um nó !
Dá licença…
Mas eu tenho muito o que viver !!!!
Só rindo !
Vamos rir !
Bom domingo a todos …
imagem de abertura: divulgação/zine

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